O Banco Angolano de Investimentos (BAI) registou resultados de pelo menos 50,2 mil milhões de Kwanzas no segundo trimestre de 2024, representando uma diminuição de, aproximadamente, 45% face ao período homólogo, apurou a E&M na informação financeira da respectiva sociedade bancária.
No segundo trimestre de 2023, o BAI alcançou pelo menos 90,7 mil milhões Kz de resultados, mais 40,5 mil milhões Kz, em relação ao montante obtido no mesmo período de 2024, no qual o activo aumentou, aproximadamente, 9%.
O crédito ascendeu para quase 13%, se comparado com o período homólogo, a carteira passou de 424,3 mil milhões Kz para 557,5 mil milhões Kz. Houve um aumento de pelo menos 133 mil milhões Kz no montante destinado ao sector privado, responsável pelo crescimento económico.
Apesar do aumento de quase 13% no exercício em referência, o BAI, embora seja o maior banco do sistema, mantém o rótulo de instituição bancária, pelo menos no conjunto dos cinco maiores bancos, que menos concede crédito à economia. O rácio de transformação (15%) ilustra tudo.
A taxa mínima recomendada pelo Banco Nacional de Angola (BNA), nas vestes de regulador da actividade bancária no País, é de 25%. Por outro lado, a carteira de crédito representa, aproximadamente, 13% do activo.
O segundo trimestre de 2024 foi ainda marcado por um desinvestimento em títulos e valores mobiliários (dívida pública), face ao mesmo período do ano passado, pois houve uma redução de quase 14%. A carteira passou de pelo menos 1,9 biliões Kz para 1,6 biliões Kz; menos 257,9 mil milhões Kz.
Ainda assim, o respectivo instrumento financeiro (dívida pública) tem maior peso no activo (36%), o que ilustra a disponibilidade e apetência do BAI em financiar o Estado, ente que concorre com o sector privado, quanto ao recurso à banca em busca de financiamento.
Os depósitos aumentaram, aproximadamente, 9% face ao mesmo período de 2023. O montante passou de 3,3 biliões Kz para 3,6 biliões Kz; um acréscimo de pelo menos 306,9 mil milhões Kz.