A balança comercial angolana registou um superavit de 18,62 biliões de kwanzas em 2024, representando um crescimento de 25,82% face aos 14,8 biliões de kwanzas registados em 2023, apurou a E&M com base nos dados do Anuário Estatístico de Comércio Externo divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
O sector petrolífero manteve a sua posição dominante na estrutura das exportações, representando 94,2% do total. Esta predominância do crude e seus derivados continua a ser o principal motor das receitas externas do País.
No capítulo das importações, destacam-se as máquinas e equipamentos (24,8% do total), seguidos pelos combustíveis refinados (19,2%) e metais comuns (10,9%).
A China consolidou a sua posição como principal parceiro comercial de Angola, absorvendo 44,5% das exportações totais, com um volume de transacções que atingiu os 14 biliões de kwanzas um crescimento de 11% face a 2023. O gigante asiático mantém-se simultaneamente como o maior fornecedor de produtos ao mercado angolano.
Um dos desenvolvimentos significativos foi o crescimento de 266,8% nas exportações para os Estados Unidos da América, que emergiram como o segundo maior comprador de petróleo angolano
No contexto europeu, Portugal manteve a sua relevância como maior fornecedor de Angola, representando 9,5% do total de importações. Esta posição demonstra a resiliência das relações económicas bilaterais entre os dois países.
A nível regional, a África do Sul lidera as trocas comerciais intra-africanas com 55,6% do total, seguida pelo Togo (16%) e pela República Democrática do Congo (11,5%).