O Banco de Moçambique (BdM) mantém inalterada a sua preocupação em torno do agravamento do endividamento público interno, que há muito vem sendo considerado insustentável.
O alertado foi avançado pelo governador, Rogério Zandamela, na última sexta-feira (14), após ter anunciado o corte pela 11.ª vez consecutiva, da taxa de juro de política monetária MIMO, em 0,25 pontos percentuais, para 9,5%, após a reunião do Comité de Política Monetária (CPMO).
Segundo Zandamela, os atrasos no pagamento da dívida pública continuam preocupantes, sublinhando que “o agravamento imparável está já a ter impacto no funcionamento normal do mercado financeiro”.
Na ocasião, o governador do banco central apontou que, actualmente, a dívida pública interna, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 465,8 mil milhões de meticais (7,2 mil milhões de dólares), o que representa um aumento de 50,3 mil milhões em relação a Dezembro de 2024.
“O atraso no pagamento dos instrumentos da dívida pública interna pelo Estado está a resultar na redução da apetência por títulos públicos e na rigidez das taxas de juro de mercado monetário interbancário”, adverte o BdM.
Ainda assim, Rogério Zandamela afirmou que as perspectivas da inflação mantêm-se em um dígito no médio prazo, lembrando que em Outubro, a inflação anual fixou-se em 4,8% após 4,9% em Setembro.

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