O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, afirmou que a melhor solução para o Zimbabwe resolver o calote histórico de 25 anos passa por envolver formalmente o G-20 num processo coordenado, em vez de continuar a agir isoladamente.
O país da África Austral, que deve 21 mil milhões de dólares ao Banco Mundial e outros credores, tem tentado sem sucesso regressar aos mercados de capitais globais, informou aBloomberg.
As tentativas anteriores incluíram o uso de receitas de exportação de metais para pagar dívidas e, mais recentemente, um apelo a 10 países para ajudar a angariar 2,6 mil milhões de dólares para liquidar os pagamentos em atraso.
"Se tentarem resolver isto sozinhos, levarão mais cinco anos", alertou Banga, sugerindo que o Zimbabwe deve "levantar a mão e pedir para fazer parte deste processo" através do G-20.
A dívida externa do Zimbabwe agravou-se após um controverso programa de reforma agrária e décadas de instabilidade económica. O país está bloqueado dos mercados financeiros globais desde que deixou de cumprir os pagamentos ao Banco Mundial em 2000. Entre os países que permanecem em incumprimento com a instituição, o caso do Zimbabwe é o mais prolongado.
Alguns países como a Zâmbia, Gana e Etiópia recorreram ao Quadro Comum do G-20, uma iniciativa de reestruturação da dívida lançada em2020, para coordenar negociações com vários credores.
Embora tenham alcançado alguns progressos, o processo tem sido criticado por ser lento e complexo. O Zimbabwe não cumpre tecnicamente os critérios para se qualificar para este mecanismo, mas o Sri Lanka, com um perfil de dívida semelhante, já recorreu ao G-20 em 2023, criando um precedente relevante.

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