A declaração de Tiago Dias ocorreu hoje (30 11), em Luanda, quando dava as boas-vindas aos presentes no fórum "Sobre Sustentabilidade no Sistema Financeiro Angolano", evento organizado pelo Conselho de Supervisores do Sistema Financeiro (BNA, CMC e ARSEG).

“Como prioridade da estratégia do BNA, enquanto autoridade macroprudencial, está a necessidade de garantir que as entidades sob sua supervisão, aprofundem os conhecimentos sobre os riscos que resultem de factores ambientais sociais e de governança”, afirmou.

As instituições sob supervisão do banco central, disse, também devem reforçar os mecanismos de transmissão e o modo como o os critérios ambientais, sociais e de governança impactam nos negócios destes.

O BNA, avançou, tem privilegiado a cooperação com organismos internacionais, estando em curso o processo de adesão à Network for Greening the Financial System (NGFS), instituição multilateral composta por 114 bancos centrais com objectivo de fortalecer o papel do sistema financeiro e mobilizar capital para investimento verde e baixo carbono.

Tiago Dias reconheceu que o conceito de sustentabilidade no sistema financeiro angolano surgiu em Janeiro de 2022, quando definiu o ESG como um dos pilares do plano estratégico para o biénio 2022-2023.

Desta forma, considerou a adopção de critérios sustentáveis, referentes às questões ambientais, sociais e de governança, condição necessária para mitigar os impactos dos riscos associados às alterações climáticas.