O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) reportou um prejuízo de 26,1 mil milhões de kwanzas no segundo trimestre deste ano, valor que representa um agravamento de 16% face aos 22 mil milhões de kwanzas registados em igual período do ano passado, segundo apurou à E&M com base no balancete.
Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, os dados indicam uma expansão do prejuízo de 634%, uma vez que no período em referência as perdas foram de 3,5 mil milhões de kwanzas.
A rubrica do activo apresentou uma contracção de 1%, saindo de 590 mil milhões no segundo trimestre de 2024 para 585 mil milhões de kwanzas este ano, ao qual contribuíram a linha de crédito, que caiu 13% para 365 mil milhões de kwanzas, e as disponibilidades, que afundaram 70% para 6 mil milhões de kwanzas.
Os fundos próprios registaram um recuo de 7%, descendo de 255 mil milhões de kwanzas para 237 mil milhões de kwanzas.
De acordo com o relatório e contas de 2024, o banco apresentou uma carteira de clientes com um montante líquido por perdas de imparidade de 249 mil milhões de kwanzas a receber da Angola Cables, que por si representa 44% do total, e que se encontra coberta por uma garantia do Estado angolano.
A carteira de crédito a clientes registou um crescimento das exposições não produtivas, com as provisões e imparidades a atingirem 238,4 mil milhões de Kwanzas. Este valor representa um aumento de 64,6 mil milhões de Kwanzas face a 2023, resultado da implementação de um novo modelo de apuramento de perdas por imparidade, que revelou uma degradação mais profunda do que a anteriormente contabilizada.
A análise de risco revela que 67,46% do crédito concedido está concentrado em apenas 20 clientes, o que pode representar um risco elevado de incumprimento. O rácio de cobertura de imparidade situou-se em 33,48%, um aumento face aos 22,7% de 2023.

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