O Plano Anual de Endividamento mostra que BFA detém 26% da Dívida Pública Interna, seguido do BAI que detém 21% e do BIC que controla 11%.
O documento mostra ainda que o stock da dívida governamental líquida deverá crescer e passar dos 39,3 mil milhões de kwanzas estabelecidos em Outubro de 2021 para os 39,8 mil milhões de kwanzas em Dezembro de 2022.
Assim, o Governo prevê que a dívida vá aumentar exactos 464 milhões de kwanzas, sendo que maior parte desta dívida é externa, e cerca de 31% da mesma é interna como mostra o Plano Anual de Endividamento que a E&M teve acesso.

Executivo vai gastar mais em Agosto
O documento mostra também que Agosto será o mês em que o Executivo angolano vai realizar mais despesas com o dinheiro dos recursos obtidos por via de endividamento.
Serão mais 209 mil milhões de kwanzas para despesas em Agosto de 2022, sendo que 27% deste valor deverá servir para dar «vida» à execução de projectos do Ministério de Energia e Águas, que é seguido apenas pelo Ministério dos Transportes, que deve receber 20% destes desembolsos.
De um modo geral, o Plano Anual de Endividamento mostra que o Estado prevê «ir buscar» 10,7 mil milhões de dólares via endividamento interno e externo para fazer face ao ano de 2022.
Indo ao detalhe, são cerca 4,7 mil milhões via dívida interna, sendo parte desta dívida a ser obtida por via de títulos, com um pouco mais de 4,4 mil milhões de dólares e outra pequena parte a ser obtida por via de contratos.
Já a dívida externa deve ficar fixada nos 5,9 mil milhões de dólares. Sendo que, 2,8 mil milhões provenientes de títulos e 3,18 provenientes de contratos.