A conclusão da E&M resultou da recente análise aos balancetes dos cinco maiores bancos do sistema [Banco Angolano de Investimentos (BAI), Banco de Fomento Angola (BFA), BIC, Banco Millennium Atlântico (TLANTICO) e Banco de Poupança e Crédito (BPC)], referente ao quarto trimestre do exercício económico de 2023.
O volume de depósitos do banco BIC, no período em análise, cifrou-se em pelo menos 1,4 biliões de Kwanzas, o que reflecte um aumento de aproximadamente 17,2%, em relação ao exercício económico transacto.
No ano económico de 2023, a carteira de crédito do banco BIC aumentou aproximadamente 26,4% face a 2022, ao passar de pelo menos 603,3 mil milhões Kz para quase 762,3 mil milhões Kz.
Dos dois movimentos acima, resultou a actual taxa do rácio de transformação (52,7%), a mais alta até agora registada no grupo de bancos de grande dimensão, segundo a classificação da Associação Angolana de Bancos (ABANC).
Apesar do processo de restruturação, que motivou o saneamento da carteira crédito, o Banco de Poupança e Crédito (BPC) teve a segunda maior taxa do rácio de transformação de depósitos em crédito (30,6%).
No ATLANTICO o rácio de transformação ficou fixado em 25,9%, a terceira maior no conjunto das cinco principais instituições bancárias do sistema.
O mesmo rácio no BFA foi de 19%, já no BAI, maior banco sistema, 12,5%.
Pesquisas da E&M sugerem que o rácio de transformação de depósitos em crédito reflecte a eficiência e a saúde do sistema bancário. Quando é alto indica maior capacidade de emprestar, o que pode impulsionar o crescimento económico.