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BNA expande massa monetária em Junho

Fernando Baxi
21/7/2025
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Foto:
DR

Se o aumento da massa monetária não acompanhar o incremento da produção de bens e serviços, alertam especialistas, pode resultar na subida generalizada dos preços.

O Banco Nacional de Angola (BNA) adoptou uma ‘postura’ expansionista (quanto à política monetária) no mês de Junho de 2025, ao injectar pelo menos 5 mil milhões de Kwanzas na economia, aumentando em quase 1% o volume de notas e moedas em circulação, face a Maio do mesmo ano. 

Em Junho do corrente ano, indicam as estatísticas do banco central, nas quais a E&M teve acesso, circulou na economia pelo menos 875,8 mil milhões Kz contra 870,8 mil milhões Kz, referente ao volume do mês de Maio.  

O aumento do volume monetário em circulação, segundo especialistas, demonstra a estratégia do BNA de estimular a liquidez para facilitar as transacções comerciais e de consumo, em resposta a uma possível desaceleração económica, verificada no sexto mês do presente ano. 

A estratégia do banco central, explicaram, também pode indicar uma preparação para períodos de maior actividade económica, como vendas sazonais, fim de semestre e outros eventos que podem exigir mais dinheiro.

O incremento da massa monetária em circulação no sexto mês do presente ano foi acompanhado pelo incremento de quase 3% da base monetária, que passou de pelo menos 3,8 biliões Kz (Maio)  para 3,9 biliões (Junho). 

De acordo ainda com analistas, a expansão da base monetária, à semelhança do que ocorreu na metade de 2025, sinaliza mais dinheiro à disposição dos agentes económicos (famílias e empresas), assim como do sistema bancário, composto por mais de 20 bancos comerciais ou universais. 

O aumento da base monetária também influencia a expansão do consumo, o acesso ao crédito, assim como estimula a actividade económica.

Se o aumento da massa monetária não acompanhar o incremento da produção de bens e serviços, alertam especialistas, pode resultar na subida generalizada dos preços.   

A inquietação dos analistas reside no facto de Angola ser uma economia inflacionada. Mais dinheiro em circulação sem aumento da oferta pode agravar o custo de vida da população.