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BNA injecta mais 324,3 mil milhões Kz na economia

Fernando Baxi
28/6/2023
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“A expansão monetária, verificada em Maio deste ano, faz parte da estratégia do banco central para o controlo da inflação e a estabilidade financeira na economia”.

A quantidade de moeda em circulação na economia aumentou 5,4% em Maio de 2023, comparativamente ao mês de Abril do presente exercício económico, apurou a E&M.

De acordo com os dados mais recentes do Banco Nacional de Angola (BNA), que serviram de base para o cálculo da E&M, em Abril circulavam na economia pelo menos 5,9 biliões de Kwanzas. No mês seguinte o montante em circulação chegou aos quase 6,3 biliões Kz.

Assim, o banco central tinha injectado perto de 324,3 mil milhões Kz na economia, em Maio de 2023. Um aumento de aproximadamente 5,4%, face ao mês anterior.

Ainda no período em referência, como se pôde observar nos dados disponibilizados pelo BNA, agora sob governo de Tiago Dias, o volume de dinheiro em poder do público passou de pelo menos 443,1 mil milhões Kz (Abril) para quase 467,3 mil milhões Kz (Maio), que representa o crescimento de aproximadamente 5,5%.

Em Maio, o público passou a dispor de mais de pelo menos 24,2 mil milhões Kz (5,5%), se comparado a Abril deste ano, cujo índice de preço no consumidor nacional (IPCN) registou uma variação de 0,92%.

Razão da Expansão monetária

A expansão monetária verificada no quinto mês deste ano, na perspectiva de analistas, faz parte da estratégia do banco central para o controlo da inflação e a estabilidade financeira na economia (manipulação da base monetária).

O ex-governador do BNA, José de Lima Massano, chegou a afirmar, no “ANGOLA ECONOMIC OUTLOOK”, conferência realizada em Luanda, a 26 de Abril de 2023, que aquela instituição passou a trabalhar com a base monetária para o alcance da meta de inflação.

Desta forma, disse, as reservas internacionais líquidas (RIL)deixaram de ser utilizadas como instrumentos para condução da política monetária, relativamente ao alcance da meta de inflação na economia.

“Não temos compromisso determinado com a taxa de câmbio, apesar de compreendermos que tem um efeito de transmissão para a formação de preços na economia, muito dependente das importações”, afirmou José de Lima Massano, na altura convicto de que a inflação este ano se situe entre 9% e 11%.

A crítica adverte que o uso excessivo ou inadequado da aludida estratégia (manipulação da base monetária) pode ter consequências negativas, como aumento da inflação ou desaceleração da actividade económica.