Os bancos comerciais tiveram menos disponibilidade monetária em Julho de 2025, comparativamente a Junho do mesmo ano, face ao aumento de 6% das reservas obrigatórias em Kwanzas no Banco Nacional de Angola (BNA), apurou a E&M. 

As estatísticas do BNA, que serviram de base para os cálculos da E&M, as reservas obrigatórias em moeda nacional no mês de Junho do presente exercício económico estavam cotadas em pelo menos 1,21 biliões Kz; tendo passado para 1,28 biliões Kz em Julho. Assim, foram ‘retidos’ mais 77,3 mil milhões Kz, ‘enfraquecendo’ a banca.

O aumento das reservas obrigatórias, segundo especialistas, reduziu a liquidez dos bancos comerciais naquele mês, o que terá dificultado a concessão de crédito e desestimulado o crescimento da economia.

No imediato, o impacto da estratégia do BNA, advogam ainda especialistas, sentiu-se mais na disponibilização de recursos no sistema bancário. Os efeitos sobre o consumo, investimento e inflação deverão surgir certamente nos próximos meses.

Ainda no mês de Julho do ano corrente, como se pôde observar nas estatísticas divulgadas, o banco central foi mais expansionista, quanto às reservas obrigatórias em moeda estrangeira, ao reduzi-la em quase 3% quando comparado com o montante de Junho de 2025. 

Observando a informação estatística do BNA, no sexto mês do ano, as reservas obrigatórias em moeda estrangeira estavam calculadas em 1,34 biliões Kz, trinta dias depois (Julho) passou para 1,30 biliões Kz. Houve liberação de pelo menos 38,1 mil milhões Kz.       

A redução de 3% das reservas obrigatórias em moeda estrangeira, de acordo ainda com especialistas, aumentou a liquidez dos bancos comerciais em divisas, assim como melhorou o acesso ao dólar e euro por parte das empresas domiciliadas no País e os importadores.   

O câmbio, advogam analistas, terá estabilizado face à redução das reservas obrigatórias em moeda estrangeira no mês de Julho e aliviado a inflação importada. Mas implica menor controlo sobre a base cambial do sistema financeiro.