Segundo um comunicado publicado, ontem, terça-feira, 30, pelo Banco de Poupança e Crédito, citado pelo Jornal de Angola, a medida insere-se no âmbito do processo de redimensionamento da rede de agências do banco.
O documento do maior banco comercial de país indica que serão encerradas também agências no Cunene Benguela, Cuando Cubango, Cabinda, Uíge, Malanje, Lunda Sul, Bengo, Huíla,Cuanza-Sul e Namibe.
Quanto aos despedimentos, o Jornal de Angola, periódico de circulação diária, citando uma conferência de imprensa do Conselho de Administração do BPC, realizada em Junho, escreve que um terço da força de trabalho vai ser despedido dentro dos próximos três anos, assim como o encerramento de pelo menos 20 balcões, dos 60 existentes, e a redução das actuais 35 unidades de negócio.
De acordo com o jornal, actualmente, são perto de cinco mil, o número de trabalhadores controlados pelo Banco de Poupança e Crédito.
A administração do banco, no entanto, tranquilizou os funcionários, afirmando que ninguém ficará no “olho da amargura”, já que a política para a reforma efectiva ou antecipada deve passar por programas de formação e de inserção económica dos funcionários a dispensar.
Com efeito, o BPC pode gastar perto de 18 mil milhões de kwanzas, para essa operação (indemnização e concessão de crédito para investimento dos trabalhadores a dispensar).
Com a medida, o banco pretende reduzir os custos operacionais em torno de 30%, permitindo que a instituição possa, a médio prazo, recuperar a credibilidade e a confiança do público.
A implementação de uma rede de agentes bancários será uma das maiores apostas do banco, salienta Jornal de Angola citando um comunicado da instituição, que é hoje o “caixa forte” do Estado.
O maior banco de capitais público conseguiu recuperar 50% do valor de uma fraude que foi detectada em meados de Abril de 2020, depois de os respectivos sistemas informativos terem detectado transferências ilegais para bancos privados, de pelo menos 434 milhões de kwanzas.