Entretanto, de acordo com o Jornal de Angola, obteve uma melhoria de 98,1 milhões de kwanzas quando comparado com os resultados do período homólogo.
O relatório e conta citado pelo diário nacional, que está disponível no portal do banco de capitais público BPC, refere que esses números reflectem a reversão de imparidades (quando o valor real de um activo é menor que o registado na contabilidade) de crédito e outros activos no montante de 893,6 milhões de kwanzas, apesar da diminuição do produto bancário.
Segundo o documento, o produto bancário registou uma redução de 893 milhões de kwanzas face ao período homólogo, totalizando um valor negativo de 887,3 milhões devido, em parte, à diminuição da margem complementar (diferença entre o rendimento actual e o aumentado) em 922,8 milhões de kwanzas, o que reflecte o reconhecimento da menos-valia decorrente da venda da carteira de crédito malparado à Recredit no montante de 847,2 milhões de kwanzas.
Os fundos próprios do BPC atingiram um valor positivo de 431,2 milhões de kwanzas, correspondendo a um aumento de 518,6 milhões de kwanzas (631,5 porcento) em relação ao valor registado em Dezembro de 2019 e do capital social no montante de 564,7 milhões, enquanto os fundos próprios regulamentares registaram um acréscimo de 518,4 milhões (594,7 por cento).
O rácio de solvabilidade atingiu o valor positivo de 42,2 por cento. Apesar dos aspectos positivos, no seu parecer, o auditor independente, a Crowe, considera que o BPC tem um elevado risco sistémico na banca nacional, pelo que "não é expectável que cesse as suas operações”.