Depois de, na semana passada, a cotação do ouro negro ter disparado cerca de 16%, esta semana o Brent prepara-se para fechar com uma queda semanal de 12%, a correcção semanal mais acentuada desde Março de 2023.
A cotação do Brent, referência para as exportações angolanas, que teve como ponto de ebulição o início dos bombardeamentos israelitas a Teerão no dia 13 de Junho, ilustra como os factores geopolíticos podem inflacionar e depois esvaziar rapidamente os preços do crude.
Com a dissipação das tensõesgeopolíticas, os mercados de futuros e opções ajustaram rapidamente as suas expectativas. Segundo os analistas da Goldman Sachs, os mercados incorporamactualmente uma probabilidade de 60% de o Brent se manter na casa dos 60 dólares nos próximos três meses, e apenas 28% de probabilidade de ultrapassar os 70dólares.
Com o Brent a recuar para os níveis em que negociava antes de 13 de Junho, as atenções voltam-se agora para reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Marcada para 6 de Julho, esta reunião terá como ponto central a discussão sobre os níveis de produção para Agosto, numa altura em que o regresso da oferta ao mercado tem sido mais rápido do que oinicialmente previsto