Em 2021 foram registados cerca de 1.300 denúncias relacionadas com os crimes informáticos. Após o crime de burla, a difamação e o uso de falsa identidade integram a preocupante lista de crimes praticados através das redes sociais.
À Economia & Mercado, o chefe de Departamento para a Área Técnica da Direcção de Combate aos Crimes Informáticos do SIC-Geral disse, hoje, quarta-feira, 16, que a província de Luanda domina as estatísticas com cerca de 555 casos.
Segundo Francisco Policarpo Pedro, normalmente, as burlas acontecem muito através de perfis falsos e também da falsa imagem do Multicaixa Express.
“As burlas acontecem muito por meio de websites e perfis falsos em nome do aplicativo Multicaixa Express, da empresa EMIS, através do ataque de engenharia social. As vítimas são pressionadas a preencher um formulário falso que na realidade é uma forma de ataque conhecido por Phishing, dando a possibilidade ao criminoso de ter acesso aos dados bancários das vítimas, que logo a seguir vêm as suas contas bancárias desfraldadas", explicou.
As pessoas devem ficar mais atentas quando estiverem a usar a Internet, advertiu o oficial do Serviço de Investigação Criminal (SIC). Quanto aos infractores, o responsável disse que só no princípio deste ano foram detidos sete cidadãos que se dedicavam à prática de burla e pirataria digital.
A Direcção de Combate aos Crimes Informáticos tem trabalhado no sentido de combater os crimes em referência, que de um tempo a esta parte, tem crescido consideravelmente.O órgão trabalha em estrita colaboração com a DStv Angola, TV Cabo Angola, ZAP, Instituto Nacional das Comunicações (INACOM), a EMIS, bem como as operadoras de telefonia móvel como são os casos da Movicel e da Unitel,
Pirataria digital
Luanda é a província com mais pontos focais de transmissão ilegal de sinal de televisão digital por assinatura, revelou o chefe de Departamento para a Área Técnica da Direcção de Combate aos Crimes Informáticos do SIC-Geral, Francisco Policarpo Pedro.
Em Outubro de 2021, em Luanda, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) desmantelou cerca de quatro pontos de transmissão ilegal de sinal de televisão digital por assinatura.
Foram desmantelados duas centrais em Viana, no Zango 1 e Zango 3, bem como duas centrais de distribuição de sinal de Internet por assinatura na zona do Kapalanca.
As operações de desmantelamento das redes criminosas resultaram de uma cooperação (task force anti-pirataria) que junta o INACOM, a DStv Angola, a TV Cabo Angola e a ZAP.
“Este tipo de prática tem estado a se espalhar por algumas províncias do país. É um serviço mais praticado na periferia. Quase todos os bairros da cidade de Luanda ou quase todas as periferias têm estes serviços, vulgarmente chamado de TV Comunitária”, explicou.
Segundo informou, os infractores associam vários equipamentos das operadoras televisão digital por assinatura e depois revendem para os moradores das zonas em que vivem.