O ministro dos Transportes, Ricardo Veigas D’Abreu, reconheceu os avanços operacionais do Conselho de Administração da Empresa Portuária de Cabinda E.P no ano passado, mas pede mais esforço em prol do bem-estar e da segurança dos passageiros.
O governante acredita, neste sentido, que, com o lançamento do concurso para a concessão, gestão e exploração privada do Terminal de Cabotagem do Porto de Cabinda, a rentabilidade das actividades económicas da província de Cabinda assim como as demais conhecerão melhorias assinaláveis.
“Este concurso, estou certo, vai contribuir para que este Terminal Marítimo seja não só rentável, como eficiente e útil para todos os cabindenses, no desenvolvimento das suas actividades económicas fora da província ou apenas de lazer e visita a familiares na capital”, referiu Ricardo Veigas D’Abreu.
Ao dirigir-se ao Conselho de Administração e ao colectivo de trabalhadores da Empresa Portuária de Cabinda, na sequência do 62.º aniversário desta empresa pública, assinalado ontem, quarta-feira, 7 de Fevereiro, Ricardo Veigas D’Abreu sinalizou, por exemplo, que, no ano passado, o serviço de cabotagem norte dobrou o movimento de passageiros (mais 72.000) em relação ao ano anterior.
Segundo o ministro, em termos de movimentos de carga, a unidade registou mais de 3.500 toneladas, representando um aumento de mais de 2.000% em relação ao ano de 2022.
“Estes números demonstram, de forma inequívoca, que cabotagem norte dinamizou as ligações entre Cabinda, Soyo e Luanda, as quais queremos ver desenvolvidas com maior eficiência e conforto para todos os passageiros, e segurança no transporte de mercadorias”, disse na mensagem dirigia ao Conselho de Administração e ao colectivo de trabalhadores da Empresa Portuária de Cabinda.

Programa Porto Senhorio
O presidente do Conselho de Administração da Empresa Portuária de Cabinda anunciou, esta semana, que a empresa registou cerca de 5 mil milhões de Kwanzas em receitas operacionais no ano passado, esperando aumentar o valor para seis mil milhões este ano.
Ao Jornal de Angola, José Kuvingua, que interveio por ocasião do 62.º aniversário da empresa, disse que a margem de crescimento previsto deve-se às melhorias projectadas a introduzir no sistema de carga e descarga de mercadorias.
Segundo o gestor, os serviços serão terceirizados e cedidos a operadores de reconhecida capacidade técnica e operacional, através de um concurso público internacional que será anunciada no decorrer deste ano.
Com a terceirização, explicou o PCA do Porto, a empresa adoptará o conceito de Porto Senhorio, ou seja, passará a exercer o papel de fiscalizador e regulador de todas as actividades marítimas e portuárias, deixando as operações para as companhias concessionárias.
"Com a implementação do Programa Porto Senhorio, ainda este ano, a Empresa Portuária de Cabinda passará a exercer o papel de fiscalizador e regulador das actividades marítimas e portuárias, deixando as operações de descarga e carga de mercadorias às empresas que eventualmente forem apuradas” em concurso, afirmou.
Quanto ao volume de carga movimentado, disse que ascendeu a 18 mil TEU (unidade equivalente a um contentor de 20 pés) e entre 14 e 15 mil toneladas de carga diversa.