A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) advertiu, neste domingo, 07, que a região corre sérios riscos de "desintegração", depois da criação de uma confederação pelos regimes militares do Níger, Mali e Burkina Faso.
“Para além das numerosas ameaças à paz e à segurança e dos desafios da pobreza, a nossa região enfrenta também o risco de desintegração", afirmou o presidente da Comissão da CEDEAO, Omar Alieu Touray.
Alertou para os três países que saíram do grupo regional para o risco de "isolamento diplomático e político" e para a perda de milhões de dólares em investimentos, para além da obrigatoriedade de vistos para os cidadãos que pretendam viajar entre os países deste grupo que inclui Cabo Verde e a Guiné-Bissau.
Em causa está a criação pelo Burkina Faso, Mali e Níger de uma confederação, a Aliança dos Estados do Sahel, concretizada recentemente, depois de meses de exclusão da CEDEAO e na sequência dos golpes militares feitos nestes países desde 2020 por militares.
A ruptura com estes três países também agravará a insegurança regional e dificultará a criação de uma força regional, acrescentou Touray, citado pela agência France-Presse.
As relações entre o Níger e a CEDEAO deterioraram-se na sequência do golpe de Estado de Julho de 2023, que levou os militares ao poder e que levou a CEDEAO a ameaçar com sanções económicas e até uma intervenção militar, o que acabou por não se realizar, ao contrário das sanções económicas, que foram levantadas em Fevereiro deste ano.

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