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Centro de Excelência de Pescas de África será construído em Angola

José Zangui
2/3/2022
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Foto:
DR

O primeiro Centro de Excelência de Pescas e Aquicultura de África será construído na província do Namibe, numa cooperação entre o governo angolano e a FAO.

A informação foi avançada recentemente pela representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em Angola durante a realização da 1ª Feira Nacional da Pesca Artesanal e Aquicultura que decorreu em Luanda de 25 e 27 de Fevereiro.

De acordo com Guelda Barrete, o Centro de Excelência de Pescas e Aquicultura vai atender todos os países africanos, com foco na investigação oceânica.

Na ocasião do evento, cuja abordagem centrou-se no lema “Criando resiliência nas comunidades para o crescimento”, enquadrada na Semana dos Oceanos, representante da FAO em Angola defendeu também a gestão sustentável dos recursos marinhos, que na sua óptica deve ser feita numa combinação entre a ciência e as políticas dos governos.

“A saúde dos oceanos deve cuidar-se com as melhores práticas baseadas em condutas internacionais”, lembrou, acrescentando que a FAO reconhece os avanços de Angola na promoção e implementação de boas práticas.

Por sua vez, o ministro de Estado e da Coordenação Económica deu a conhecer que Angola está a retomar a trajectória económica que foi interrompida em 2024, tendo referido que, as projecções de crescimento económico para o ano 2022, no sector da agricultura e pescas são positivas.

Manuel Nunes Júnior referiu que a produção total do sector das pescas em 2021 rondou as mais 500 mil toneladas de capturas, registando um incremento de cerca de 38%, em relação ao ano anterior, quando foram capturadas 351 mil toneladas.

A Pesca artesanal contribuiu com 201 mil toneladas em 2021, volume que superou as 45 mil de 2020.

Segundo o ministro de Estado, apesar dos dados serem animadores é preciso que os actores sejam mais ambiciosos e realizadores efectivos do que se programa.

Na 1ª Feira na Nacional da Pesca Artesanal e Aquicultura participaram 70 cooperativas, armadores e comerciantes das 18 províncias do país.

Dados da FAO indicam que uma em cada cinco pessoa do mundo alimenta-se de produtos marinhos, 90% da força de trabalho que produzem estes alimentos são trabalhadores da pesca de pequena escala e quase 50% desta são mulheres.