O Chefe de Estado sul-africano dirigia-se recentemente aos cidadãos, quando falou sobre as novas medidas de contenção da segunda vaga da pandemia do novo coronavírus no país.

Até à data, segundo estadista, "mais de 38 mil profissionais de saúde no serviço público testaram positivo ao novo coronavírus, dos quais cerca de cinco mil foram hospitalizados", afirmou, salientando que "destes, 391 profissionais de saúde morreram no serviço público".

De acordo com o Jornal de Angola, Ramaphosa referiu ainda que a vacina será "a única defesa viável" contra a Covid-19, que já causou 866.127 infecções e mais de 23 mil mortos na África do Sul desde o início do primeiro confinamento em Março.

Sublinhou, durante a sua intervenção, que o país concluiu todos os processos necessários por forma a garantir a sua participação no programa de vacinação da Covid-19 da OMS (Covax) que promete garantir o acesso equitativo às vacinas de prevenção do novo coronavírus, tão logo estejam disponíveis no mercado.

"Como parte deste programa, contamos que a África do Sul irá receber as primeiras vacinas para abranger cerca de 10% da população na primeira metade do próximo ano", declarou ao país Cyril Ramaphosa.

"Também fazemos parte do grupo de Aquisição de Vacinas para África, que criei na qualidade de presidente da União Africana, e que procura mecanismos de financiamento alternativos para garantir vacinas adicionais para os países africanos além do programa Covax", reforçou.

Quanto a segunda vaga da pandemia do novo coronavírus, o Chefe de Estado sul-africano disse que "será mais severa" na África do Sul, salientando que a quadra festiva "coloca riscos significativos a todo o país", numa altura em que a economia mostra sinais de recuperação.

Por isso, Ramaphosa instou a população a observar o uso de máscara, a higienização e o distanciamento social por forma a desfrutarem do "esplêndido Verão quente sul-africano", tendo em conta o rápido agravamento do número de infecções no país.

O Presidente anunciou um novo recolher obrigatório imediato a nível nacional, entre as 23h00 locais e as 4h00 do dia seguinte, e ainda o confinamento obrigatório para o sector da restauração a partir das 22h00 locais.