A China incluiu o Standard Bank e o Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank) no Sistema de Pagamentos Interbancários Transfronteiriços (CIPS) em yuan, reforçando a internacionalização da moeda chinesa e reduzindo a dependência do dólar americano.

De acordo com o South China Morning Post, a medida visa fortalecer o papel global da moeda chinesa, em meio à crescente rivalidade com os Estados Unidos.

Além das instituições africanas, Pequim também integrou ao CIPS bancos do Golfo e da Ásia Central, como o First Abu Dhabi Bank (Emirados Árabes Unidos), o United Overseas Bank (Singapura), o Eldik Bank (Quirguistão)e a Chongwa (Macau) Financial Asset Exchange (China). A adesão oficial ocorreunuma cerimónia em Xangai na semana passada.

Como participantes directos, estas instituições podem processar pagamentos transfronteiriços em yuan de forma independente, ao contrário dos participantes indirectos, que dependem de intermediários.

A iniciativa faz parte dos esforços contínuos da China parainternacionalizar o yuan e reduzir a sua exposição ao sistema financeiro dominado pelo dólar. Além disso, a medida serve como protecção contra possíveis sanções dos EUA, num momento em que as tensões geopolíticas com Washington continuam a remodelar os mercados globais e a redefinir alianças.

Vale destacar que o movimento se alinha com as estratégias de Moscovo e Teerão para contornar restrições financeiras ocidentais, já que ambos os países exploram sistemas de pagamento alternativos e aprofundam laçoseconómicos com a China.

Lançado em 2015, o CIPS é a alternativa chinesa à rede SWIFT e tem atraído gradualmente entidades corporativas e governamentais em todo omundo. Em Maio de 2025, o sistema contava com 174 participantes directos, incluindo filiais de bancos chineses e grandes instituições ocidentais, como HSBC, JP Morgan e Citibank.

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