Como consequência da queda, as receitas líquidas da SMC em 2020 registaram uma redução de cerca de 31 milhões de dólares, conforme noticiou esta semana a Angop.

Localizado no município de Cambulo, província da Lunda Norte, em 2020, as receitas da Sociedade Mineira de Chitotolo fixaram-se em 91.86 milhões de dólares, muito abaixo dos resultados de 2019 fixados na ordem dos 122 milhões de dólares.

Quanto ao preço médio, segundo a agência nacional de notícias, de Fevereiro, Abril, Junho, Agosto, Outubro, Dezembro de 2020, situou-se em 678 dólares por quilate, contra os 648 dólares/quilate, em 2019.

Já em relação aos resultados de 2021, especificamente de Janeiro a Maio, a Sociedade Mineira do Chitotolo produziu 77.104 quilates, que permitiram uma facturação de 35.28 milhões de dólares.

O director de operações mineiras da SMC, Alexandre Albuquerque disse, citado pela Angop, a baixa da produção e, consequentemente, a quebra das receitas deveu-se ao período crítico da pandemia da Covid-19 que o país enfrentou em 2020.

Em relação aos investimentos, escreve a agência de notícias, a empresa injectou um total de 18.91 milhões de dólares, no ano passado, menos cerca de USD dois milhões, em 2019 (20.49 milhões).

Durante a apresentar dos resultados da empresa, Alexandre Albuquerque referiu também que o investimento feito nesse período serviu para a  aquisição de uma Estação Central de Escolha (ECE) de diamantes e escavadoras hidráulicas.

O director de operações mineiras da SMC salientou, igualmente, a compra de novos tractores de rasto, carregadoras frontais, camiões basculantes, cisternas e camião oficina, assim como veículos ligeiros e mistos, geradores, unidades pré-fabricadas, tanques de aço, entre outros equipamentos.

Com o abrandamento da pandemia da Covid-19, refere, até o final de 2021, a mina de Chitotolo prevê produzir cerca de 199 mil e 660 quilates, segundo o director de operações meneiras.

Além disso, disse, até Agosto próximo, a empresa prevê instalar a nova Estação Central de Escolha (ECE), para armazenar grandes volumes de diamantes, num investimento de mais de 6,5 milhões de dólares.

A SMC, contemplada hoje com a jornada de campo que alguns jornalistas efectuam a zonas mineiras do país, emprega 910 trabalhadores, dos quais 790 (87%) nacionais e 120 (13%) estrangeiros.

Em Luanda, a diamantífera conta com 67 efectivos, sendo 62 (93%) angolanos e cinco (7%) expatriados.

Mensalmente, a Chitotolo paga um total de 1,5 milhões de dólares em salários dos funcionários da mina de Cambulo.

Com uma área de concessão estimada em 5.400 quilómetros quadrados, a Chitotolo explora mineiro há 25 anos, na bacia hidrográfica do Tchiumbue, município de Cambulo, na Lunda Norte.