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Cimeira UA-UE: Presidente da UA encerra com apelo a acções concretas e multilateralismo

Adnardo Barros
25/11/2025
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Foto:
DR

Os líderes acordaram expandir a cooperação em matéria de paz e segurança, promovendo "respostas mais fortes" contra o terrorismo e o extremismo violento.

A 7.ª Cimeira União Africana-União Europeia terminou esta terça-feira,25, em Luanda com um apelo claro ao reforço de acções concretas e à defesa de um multilateralismo eficaz. No discurso de encerramento, o Presidente da União Africana, João Manuel Gonçalves Lourenço, anfitrião do evento, enumerou as principais áreas de consenso e traçou a visão para uma parceria estratégica cada vez mais ambiciosa.

Segundo  João Lourenço, as deliberações da cimeira reflectem uma "visão colectiva profunda" que obriga os dois continentes a "caminhar juntos" na busca de soluções para preocupações comuns.

"Ficou assente, entre nós, que a defesa de um multilateralismo eficaz continua a ser a nossa melhor esperança para construir um mundo mais justo, mais equilibrado, pacífico e próspero", declarou o Presidente.

João Lourenço enfatizou que a parceria se constrói não só com ideias, mas sobretudo com "acções concretas desenvolvidas com grande dinamismo". Como prova desta evolução positiva desde a Cimeira de Bruxelas em 2022, citou os resultados "muito positivos" alcançados nas áreas da paz e segurança, saúde, cooperação climática e energética, transformação digital, comércio e investimento e mobilidade.

O relatório de implementação adoptado em Luanda, referiu, realça estes progressos, mas reconhece igualmente as áreas que exigem melhorias. "O sentido crítico que vamos tendo sobre a colaboração entre nós permite-nos melhorar e aprimorar continuamente os nossos esforços de cooperação", afirmou.

O acto final da cimeira ficou marcado pela definição de prioridades de acção conjunta para o futuro imediato. Os líderes acordaram expandir a cooperação em matéria de paz e segurança, promovendo "respostas mais fortes" contra o terrorismo e o extremismo violento.

Outros eixos consensuais passam por intensificar a acção climática incluindo financiamento para adaptação e resiliência, reforçar os laços económicos com investimentos em infra-estruturas e agricultura sustentável, ampliar os intercâmbios de forma a garantir uma migração "segura, ordenada e benéfica" e promover o empoderamento da juventude.

No final da sua intervenção, João Lourenço agradeceu a todas as delegações que prestigiaram o evento em Luanda e elogiou o trabalho das equipas da Comissão da União Africana e da Comissão da União Europeia pelo "inegável êxito" da cimeira.