No arranque da Cimeira Empresarial UE-UA, que decorre em Luanda, o presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, lançou um apelo por maior transparência no acesso a financiamento, sublinhando a desvantagem competitiva dos empreendedores africanos no palco global.
Perante uma plateia de empresários e líderes políticos europeus e africanos, Mahmoud Ali Youssouf frisou que "os custos para os empreendedores africanos não são os mesmos que para os outros", uma barreira que precisa de ser eliminada. O responsável afirmou que um número crescente de países africanos tem vindo a melhorar o seu ecossistema de investimentos, preparando assim "o terreno para atingir mais capital europeu".
Para concretizar este objectivo, Youssouf defendeu a necessidade de investimentos conjuntos em áreas estratégicas. “Precisamos de mais investimentos em inovação, tecnologia, inteligência artificial, em termos mais amplos, na economia digital”, declarou, usando um exemplo concreto para ilustrar a lacuna. “Só para dar um exemplo, a China e os Estados Unidos estão a investir milhares de milhões de dólares em desenvolvimento da inteligência artificial. Nós não temos esse dinheiro no continente.”
O presidente da Comissão da UA mostrou-se, no entanto, confiante no futuro, garantindo que “não há dúvidas de que o continente africano será o poder do crescimento global nas próximas décadas”. Para que esta projecção se torne realidade, argumentou ser crucial que europeus e africanos "investam juntos nesses sectores de adição de alta valorização", assegurando um desenvolvimento mútuo e benéfico para todos.

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