O Executivo angolano decidiu, de há um tempo para cá, olhar, com maior atenção, para o sector agro-pecuário, de modo a alargar as bases de arrecadação de receitas para além do segmento petrolífero. Neste sentido, “há muitos problemas que se levantam e que precisam de melhores soluções”, disse o PCE do Grupo Executive, Nuno Fernandes, referindo-se ao ‘pano de fundo’ da escolha do tema ‘As metas e os Desafios da Produção de Cereais em Angola’ para a VI Conferência E&M sobre Agricultura.
Proferindo a mensagem de Boas-vindas aos presentes na conferência, que decorre nesta quarta-feira, 21, no hotel Epic Sana, o Presidente da Comissão Executiva do Grupo Executive, empresa proprietária da Revista Economia & Mercado, perspectivou que as abordagens toquem em pontos fulcrais em relação aos desafios da produção de cereais: a melhoria do associativismo, gestão de terras e contratação pública.
“A redução de custos e de riscos são preocupações maiores que devem conduzir à criação das cooperativas. A concentração de meios técnicos, conhecimento e financiamento devem acontecer nestas estruturas para que possam, de forma coerente, apoiar os associados e a agricultura familiar periférica, responsável pela produção de parte considerável dos produtos que nos chegam à mesa”, observou.
Relativamente à gestão de terras, Nuno Fernandes sublinhou que, sendo um problema antigo, está a tornar-se numa preocupação maior face à necessidade de se incrementar o investimento na agricultura e pecuária, alertando que o quadro constitui um foco de conflitos permanentes entre as comunidades locais e os produtores.
“Por último, expressamos uma preocupação que se estende a todos os produtores nacionais. Referimo-nos à Contratação Pública. O garantir-se que são priorizados, na aquisição pelo Estado, da produção agrícola e pecuária”, descreveu.
A propósito, o PCE da Executive recordou o Decreto Presidencial n.º 213/23, de 30 de Outubro, que reforça a contratação pública como meio para a melhor satisfação das necessidades aquisitivas pelo Estado, visando reduzir as importações e fomentar a produção nacional.
“Este instrumento deve proteger aqueles que produzem, no caso concreto, todos aqueles que criam riqueza no campo e que ajudem a melhorar a nossa dieta alimentar, podendo contribuir para uma futura economia de exportação”, disse Nuno Fernandes.

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