Um grupo das Forças Armadas da Guiné-Bissau, autodenominado Alto Comando Militar para Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública Guineense, assumiu o poder do Estado hoje (26 de Novembro), depondo o Presidente da República (cessante), Umaro Cissoco Embaló.
O autodenominado Alto Comando Militar para Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública Guineense, em comunicado, suspendeu imediatamente o processo eleitoral em curso naquele país lusófono, assim como todos os órgão de comunicação social e afins na Guiné-Bissau.
Sob orientação daquele grupo de militares que tomou de assalto o poder, quando faltavam menos de 24 horas para o anúncio dos resultados (provisórios) das eleições gerais de 23 de Novembro de 2025, está encerrada (até novas ordens) a fronteira terrestre, marítima e aérea da Guiné-Bissau.
A nova governativa formada por militares decretou, igualmente, o recolher obrigatório das 19 horas às 6 horas (do dia seguinte) na Guiné-Bissau.
No comunicado, os golpistas justificam a acção, alegando que os serviços de informação daquele Estado descobriram um esquema orquestrado por alguns políticos nacionais (com a participação de barões da droga) que visava manipular os resultados das eleições gerais de 23 de Novembro.
Durante as investigações realizadas, contou o Alto Comando Militar no comunicado, foi descoberto um depósito de armamento de guerra.
“Profundamente comprometido com os valores de segurança nacional, paz civil, da defesa da integridade territorial e independência da Guiné-Bissau, o Alto Comando Militar para Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública reage à descoberta de um plano em curso para desestabilização”.
Assim, aquele grupo das Forças Armadas assumiu “a plenitude dos poderes do Estado na República Guiné-Bissau”, até que a situação seja (plenamente) esclarecida e se reponha a normalidade constitucional.
Antes do anúncio do golpe de Estado, ouviram-se disparos de arma de fogo no centro da cidade de Bissau, no palácio presidencial e em frente às instalações da CNE. Nenhum órgão de defesa e segurança assumiu a autoria da acção, enquanto o povo aguardava o anúncio dos resultados.
Umaro Cissoco Embaló, denunciou a tentativa de golpe de Estado, comandada pelo general Horta Inte Nan Tan, da etnia Balanta. Mas foi ignorado pelos partidos da oposição e pela sociedade civil, pois pensaram que era mais um truque para suspender o processo eleitoral em curso.

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