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Cooperação internacional intensifica combate à ilegalidade de conteúdos em Angola

Redacção
29/5/2025
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Foto:
DR

Pirataria mina a sustentabilidade da criação local, afectando rendimentos de autores e detentores de direitos. Paralelamente, corrói a economia cultural e a circulação legítima de conteúdos.

Parcerias entre governos, entidades de segurança, especialistas em cibersegurança e ONGs estão a reforçar significativamente o combate à violação de direitos de autor em África. Angola integra esta frente de acção, com autoridades e indústrias criativas a alinharem estratégias contra a distribuição ilegal de conteúdos.

Nos últimos meses, Angola implementou medidas concretas, focadas na disseminação de informação sobre as leis nacionais e na realização de uma conferência anti-pirataria. Esta iniciativa contou com o apoio da embaixada dos EUA e de consultores especializados em direitos de autor, além de acções de formação sobre o impacto do fenómeno.

A nível continental, operações diárias resultam no encerramento de sites de streaming ilegais e na detenção de infractores. A eficácia deve-se a parcerias inovadoras entre sectores público e privado e à criminalização de distribuidores não autorizados.

"A tecnologia tanto potencia a pirataria como permite o seu rastreio e acção legal", afirma Frikkie Jonker, director de Serviços de Cibersegurança Antipirataria do MultiChoice Group, além de sublinhar que ferramentas como marca d'água digital e monitorização pró-activa, aliadas a cooperação global, aceleram remoções e operações policiais.

Acordos Estruturantes e Acção Prática

Destaca-se o Memorando de Entendimento (MoU) assinado na Etiópia entre a MultiChoice Africa, o Ministério da Cultura e Desportos e a Autoridade de Propriedade Intelectual etíope.

O acordo visa proteger o património cultural e apoiar o sector criativo local, inserindo-se no programa Parceiros Antipirataria (PAP) – rede que expandiu acções para a Namíbia em colaboração com entidades governamentais.

Os PAP registaram, no ano passado, resultados mensuráveis como 155 operações bem-sucedidas em África; 4.351 redes ilegais desactivadas; 107 detenções continentais.

Impacto Económico e Adaptação Legal

A pirataria mina directamente a sustentabilidade da criação local, afectando rendimentos de autores e detentores de direitos. Paralelamente, corrói a economia cultural e a circulação legítima de conteúdos.

Para enfrentar novas tendências, os PAP colaboram com legisladores na actualização de enquadramentos legais. Estratégias como o bloqueio dinâmico de IP e de domínios mostram-se eficazes contra a pirataria online, mas exigem bases jurídicas específicas para plena implementação.

Esta frente cooperativa marca uma evolução estratégica no combate à ilegalidade de conteúdos, unindo tecnologia, diplomacia e reforço institucional para proteger a produção intelectual em Angola e no continente.