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Corredor do Miconje, o ‘trunfo’ que a governação de Cabinda apresentou ao PR para ‘ligar’ à RCA e ao Gabão

Victória Maviluka
2/9/2025
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Foto:
DR

Governadora de Cabinda traçou os créditos do projecto: um corredor de desenvolvimento económico capaz de resolver o problema do emprego e desenvolver a província.

Corredor do Miconje. É como as autoridades de Cabinda apelidaram um projecto económico com perspectiva regional, idealizado para ser um catalisador do desenvolvimento da província. A ideia foi nesta terça-feira, 02, apresentada ao Presidente da República pela mulher que tem à cabeça a governação da província mais a Norte do País.

Na reunião presidida por João Lourenço, cuja agenda de trabalho de dois dias naquela província teve como ponto alto a inauguração da primeira fase da Refinaria de Cabinda, Suzana Abreu recordou que a região tem um “vasto mercado”, factor que, na sua óptica, deve ser explorado com a implantação de fábricas.

A governante sublinhou o conjunto de obras e projectos estruturantes em curso na província, e conjecturou os retornos económicos e sociais que podem advir se estas infra-estruturas funcionarem como um todo, se operarem em cadeia. 

“Se olharmos para a questão do Porto de Águas Profundas, da Refinaria, a própria Indústria Petrolífera que já está há muito tempo, o Novo Aeroporto e a Circular Externa de Cabinda, então, poderíamos abrir Cabinda para ser este celeiro de Angola para abertura na região,  num sonho que estamos a chamar o Corredor do Miconje; que poderíamos criar condições do Pangui até ao Yema para podermos abrir, de um lado, para a República Centro-Africana e, do outro lado, para Gabão”, relatou.

Governadora de Cabinda apresentou a João Lourenço várias preocupações da sua governação

Suzana Abreu, que dirige a província de Cabinda desde Julho do ano passado, acredita que, se se avançar com este “corredor de desenvolvimento económico”, resolver-se-ia “o problema do emprego para a juventude e o próprio desenvolvimento da nossa província”. 

Ao dirigir-se ao Titular do Poder Executivo, a governadora de Cabinda afirmou que a sua equipa tem um “memorando muito bem detalhado, com todos os aspectos” que têm que ver com a vida socioeconómica da província.

“Mas achamos por bem que esta síntese poderia abrir o debate e dar uma indicação de onde é que queremos chegar e quais seriam os resultados pretendidos para podermos, então, prometer e dar aquilo que as populações mais querem, que é resolver os seus problemas”, concluiu a governante.