O PIB contraiu 57% nos primeiros quinze anos pós-independência, saindo de 12,7 mil milhões de dólares em 1980 para um mínimo histórico de 5,4 mil milhões de dólares em 1995, de acordo com dados do Banco Mundial. Este colapso económico foi agravado pela guerra civil, que dizimou sectores cruciais como a agricultura e a manufactura.
Um marco crucial ocorreu em 1999, com a reforma monetária que introduziu o kwanza (AOA) e efectuou um corte de um milhão de vezes no valor da moeda anterior. Esta medida estabilizou a paridade cambial, permitindo que o ano 2000 inaugurasse uma nova era.
A economia, aferida em kwanza, desenhou uma das trajectórias de expansão nominal mais notáveis de África no século XXI. De acordo com o CEIC, o PIB em dólares saltou de 16 mil milhões em 2002 para 82,7 mil milhões em 2010, um crescimento alimentado pelo excelente desempenho do sector petrolífero e pelos preços internacionais historicamente elevados.
Nesta fase, o país ascendeu à posição de segunda maior economia da África Subsariana, com o petróleo a representar mais de 50% do PIB, 70% das receitas fiscais e 95% das exportações.
Uma análise sectorial detalhada do período de 2002 a 2010 revela a génese do desequilíbrio estrutural. Enquanto actividades fundamentais para a diversificação como a indústria transformadora e a produção de electricidade mantinham uma representatividade marginal no PIB (em média 4% e 0,6%, respectivamente), o sector petrolífero dominava com um peso médio de 44%.
Leia este texto na íntegra na edição 'Especial Independência' da revista Economia & Mercado, já disponível nas bancas.

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