A conjuntura económica angolana manteve-se estável ao longo do I Semestre de 2025. Registou-se de forma sincronizada a manutenção da taxa de crescimento da economia, a desaceleração da inflação e do desemprego e a estabilidade cambial. Contudo, em linha com a baixa produção e preço do petróleo, surgiram desafios na gestão das contas públicas. Esta situação justificou um saldo deficitário e a introdução de medidas de contenção de despesas. Destaca-se o aprofundamento da estratégia de remoção dos subsídios aos combustíveis.
A taxa de crescimento da economia angolana fixou-se em 3,5% no I Trimestre de 2025, registando uma desaceleração trimestral de 0,9 pontos percentuais (p.p.). Até ao fecho desta avaliação, o Instituto Nacional de Estatística (INE) ainda não disponibilizara os dados do PIB referentes ao II Trimestre de 2025. Contudo, as indicações apontam para a manutenção da tendência de crescimento apurada no período anterior. Este comportamento deve-se sobretudo ao impacto positivo dos sectores do Comércio e da Agropecuária, que actualmente representam em conjunto mais de 45% do PIB.
É importante destacar que o desempenho do I Trimestre foi condicionado pela contracção do PIB petrolífero em 4,4%. Esta quebra deveu-se principalmente à redução da produção de petróleo, que baixou de 1,12 milhões para 1,045 milhões de barris/dia. Por seu lado, o sector não-petrolífero manteve a tendência de crescimento, ao beneficiar de estímulos financeiros e incentivos fiscais. Cresceu 5,5%, depois de ter expandido 4,4% no período homólogo.
De forma desagregada, a economia foi impulsionada pela Extracção de Diamantes, que cresceu 51,4%. Seguiram-se as actividades de Correio e Telecomunicações (+26,7%), Administração Pública (+14%) e Comércio (+10,4%).
Leia este artigo na íntegra na edição 252 da revista Economia & Mercado, disponível nas bancas.

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