Um curandeiro no Uganda foi encontrado, esta semana, com 24 crânios humanos no seu santuário de Godfrey, nos subúrbios de Kampala, na capital do país.

A Polícia ugandesa avança, citada pela BBC, que os crânios encontrados com Ddamulira Godfrey podem ter sido usados para sacrifícios humanos.

Patrick Onyango, porta-voz da Polícia, referiu que, no santuário, foram encontrados, igualmente, restos de animais. Referiu que as buscas continuam no local.

“Em princípio, [Ddamulira Godfrey] já está a ser acusado à luz da Lei de Prevenção e Proibição de Sacrifício Humano, que proíbe a posse de partes do corpo humano e instrumentos de sacrifício humano”, adiantou Onyango.

“Se for considerado culpado, cumprirá prisão perpétua”, previu o porta-voz da Polícia.

Godfrey afirma ser um curandeiro tradicional. No entanto, a Traditional Healers Association, que congrega pessoas que exercem esta actividade no Uganda, distanciou-se dos seus actos.

Esta não é a primeira vez que uma descoberta do género choca a sociedade ugandesa. No mês passado, recorda a BBC citada pelo Namibian, a Polícia recuperou 17 crânios humanos de um santuário no distrito central de Mpigi, a cerca de 41 km de Kampala.

Ambas as descobertas foram associadas a sacrifícios humanos para fins rituais, normalmente ligados à procura de riqueza ou à maldição aos inimigos.