Moçambique gastou 348,9 milhões de dólares (322,3 milhões de euros) com o serviço da dívida externa até Março deste ano, um crescimento de 46,4% face ao primeiro trimestre de 2023, fomentado pelo incremento de responsabilidades financeiras do sector privado, segundo dados do banco central.
No relatório trimestral da balança de pagamentos dos primeiros três meses do ano, o Banco de Moçambique (BdM) justifica o crescimento com o “aumento da realização das responsabilidades financeiras do sector privado, em mais de 100%”, atingindo 144,8 milhões de dólares (133,8 milhões de euros), face aos 25 milhões de dólares (23,1 milhões de euros) no mesmo período de 2023.
Já o sector do Estado pagou, entre capital e juros, 204,1 milhões de dólares (188,6 milhões de euros) em serviço da dívida externa, o que representou uma queda de 4,3%, face a 213,2 milhões de dólares (197 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2023.
Citado pelo Diário Económico, o documento refere que, no caso do Estado, os desembolsos entre Janeiro a Março envolveram a Associação Internacional de Desenvolvimento, com 28,1 milhões de dólares (26 milhões de euros), o Fundo Africano de Desenvolvimento, com cinco milhões de dólares (4,6 milhões de euros), a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, com 1,8 milhões de dólares (1,6 milhões de euros), e o Fundo Norueguês de Desenvolvimento, com 18 milhões de dólares (16,6 milhões de euros).
“O Estado desembolsou ainda, em serviço da dívida, no primeiro trimestre, 83,4 milhões de dólares (77 milhões de euros) ao grupo dos países do Leste, onde a China é o maior credor”, lê-se na notícia.
Relativamente ao sector privado, o relatório do BdM diz que se destacam os pagamentos realizados pelos Grandes Projectos, no âmbito do endividamento para a implantação da indústria de gás e na área de transporte e comunicações, inseridos na melhoria da componente de comunicações móveis.

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