A concessão para a prospecção de depósitos primários de diamantes foi chancelada hoje, quarta-feira, 20, em Luanda, pela Agência Nacional de Recursos Minerais, Endiama E.P. através da assinatura de dois Contractos de Investimento Mineiro com o Grupo De Beers que passa a ter um total de 19 685 Km² para explorar diamantes angolanos.
Em nota em posse da Economia & Mercado, a Endiama informa que a concessão que abrange os municípios de Saurimo, Dala e Muconda, na província da Lunda Sul, terá uma área de 9.984 Km², enquanto a dos municípios de Chitato, Lucapa e Cambulo, na província da Lunda Norte, terá uma área de 9.701 Km².
Citado no documento, o CEO do Grupo De Beers disse que que Angola continua a ser “altamente promissora” no que a produção de diamantes diz respeito, razão pela qual estão empenhados em fazer parte “desta nova fase de desenvolvimento do sector diamantífero”.
Segundo Bruce Cleaver, o país trabalhou “arduamente” nos últimos anos para criar um ambiente de negócios “estável e atractivo”. “Estamos muito satisfeitos por regressar à prospecção activa no país”, salientou.
"A assinatura destes contractos representa um marco importante na nossa nova parceria com Angola, que assenta no desejo mútuo de construir um sector diamantífero dinâmico e bem-sucedido que possa gerar benefícios socioeconómicos tangíveis para a população angolana”, perspectivou o gestor.
Para o presidente do conselho de administração (PCA) da Endiama E.P., Empresa Nacional de Prospecção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola, o acordo permitirá reforçar o papel de Angola no exercício da actividade diamantífera e a posicionar o país entre os maiores produtores mundiais de diamantes.
José Manuel Augusto Ganga Júnior disse que a parceria “vai repercutir-se necessariamente no aumento da empregabilidade e do bem-estar dos trabalhadores que estiverem vincados aos novos projectos”, assim como outros benefícios económicos, financeiros e sociais intervenientes no processo de produção de diamantes.
Na óptica do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, o regresso da De Beers à Angola vai permitir, a médio prazo, o aumento substancial de exploração e comercialização de diamantes, bem como a oferta de mão-de-obra qualificada para jovens nacionais.
O documento sublinha que o retorno da De Beers “decorre das reformas implementadas pelo Executivo Angolano no subsector diamantífero que conferem maior transparência aos processos de outorga de direitos mineiros”.
O último encontro oficial entre o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e o CEO da De Beers foi no domingo 20, de Fevereiro deste ano, no Dubai, Emirados Árabes Unidos (EAU), à margem do Fórum de Investimento para o Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo (PDDS).
A multinacional sul-africana que opera no subsector dos diamantes deixou de operar em Angola em 2012, mas sempre manteve o escritório aberto com cerca de 15 colaboradores de um total de 280 até então controlados no ano em referência.

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