IFC Markets Live Quotes
Powered by
3
1
PATROCINADO

Depois da tempestade... a bonança pode atrasar-se um pouco mais

Sebastião Vemba
27/12/2023
1
2
Foto:
DR

Já em Agosto deste ano, o quadro da economia global era de uma inflação em queda – embora ainda elevada -, influenciada, principalmente, pelas reduções dos preços dos alimentos e da energia.

Depois de cair significativamente de 10,1% em Dezembro de 2022, para 6,0% em Julho de 2023, a inflação mundial estabilizou-se em Outubro passado, fixando-se em 5,9%, um desempenho surpreendente, de acordo com a análise do Instituto de Pesquisa Económica Aplica (IPEA) do Brasil, que destaca um “crescimento acima do esperado” e “mercados de trabalho aquecidos”, apesar da “elevação das taxas de juros pelos bancos centrais”.

Segundo o IPEA, “os ciclos de alta das taxas básicas parecem ter sido concluídos” ou estão perto disso, embora as autoridades monetárias estejam a sinalizar a intenção de deixá-las em patamares superiores por mais tempo do que esperado. “O ano 2024 deve ter, de maneira geral, menor inflação do que 2023 e crescimento semelhante, enquanto, em algum momento, as taxas de juros das políticas monetárias devem começar a ser reduzidas”, lê-se no documento que recorre às últimas projecções da inflação feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito do World Economic Outlook (WEO) de Outubro.

“A inflação mundial tem caído devido, principalmente, às reduções nos preços de energia e alimentos. O FMI espera que a inflação mundial caia de 8,7% em 2022 para 6,8% este ano e 5,2% em 2024. Porém, o núcleo da inflação deverá reduzir-se mais lentamente, e as projecções para a inflação em 2024 foram revistas para cima – em relação ao relatório de Abril – em 0,3 ponto percentual (p.p.)”.

Recuperação contínua, mas lenta

O Relatório do WEO de Outubro, intitulado ‘Navegando nas Divergências Globais’, antevê uma recuperação mundial contínua, mas lenta, num ambiente de “divergências regionais crescentes e pouca margem para erros políticos”. A previsão de base é que o crescimento global desacelere de 3,5% em 2022 para 3,0% em 2023 e 2,9% em 2024, bem abaixo da média histórica de 3,8% do período de 2000 a 2019.

Relativamente às economias avançadas, a previsão é que desacelerem de 2,6% em 2022 para 1,5% em 2023 e 1,4% em 2024, à medida que o aperto das políticas começa a fazer efeito. Essa tendência de ‘declínio modesto’ é expectável para os mercados emergentes e para as economias em desenvolvimento, com uma desaceleração de 4,1% em 2022 para 4,0% em 2023 e 2024.

Leia o artigo completo na edição 231 da E&M, disponível nas bancas e para assinantes.

After the storm... calm may be delayed a little longer.

As early as August of this year, the global economy was experiencing a decline in inflation, although it remained high. This was primarily due to reductions in food and energy prices.

After experiencing a significant decline from 10.1% in December 2022 to 6.0% in July 2023, global inflation stabilized at 5.9% in October, which was seen as a surprising performance. This analysis comes from the Brazilian Institute for Applied Economic Research (Ipea), which highlights the "above expected growth" and "heated labor markets" despite the "central banks raising interest rates".

According to Ipea, “it appears that the cycles of interest rate hikes have either been completed” or are nearing completion. However, monetary authorities are indicating their intention to maintain higher interest rates for a longer period than previously anticipated. The document refers to the latest inflation projections by the International Monetary Fund (IMF) as part of the October World Economic Outlook (WEO), which states that “2024 is expected to have lower inflation compared to 2023, with similar growth. At some point, monetary policy interest rates should begin to decline.”

The IMF notes that global inflation has been decreasing primarily due to reductions in energy and food prices. It expects global inflation to decrease from 8.7% in 2022 to 6.8% this year and 5.2% in 2024. However, core inflation is expected to decrease at a slower pace, and the inflation projections for 2024 have been revised upward by 0.3 percentage points (p.p.) compared to the April report.

Continuous but slow recovery

The October WEO report, entitled "Navigating Global Divergences," foresees a continuous but slow global recovery in an environment of "growing regional divergences and little room for policy errors." The baseline forecast is for global growth to slow from 3.5% in 2022 to 3.0% in 2023 and 2.9% in 2024, well below the historical average of 3.8% from 2000 to 2019.

Regarding advanced economies, the forecast is for a slowdown from 2.6% in 2022 to 1.5% in 2023 and 1.4% in 2024 as policy tightening begins to take effect. The same "modest decline" trend is expected for emerging markets and developing economies, with a slowdown from 4.1% in 2022 to 4.0% in 2023 and 2024.

Read the full article in  E&M231 issue, available on newsstands and for subscribers.