Os diamantes criados em laboratório representam uma ameaça ao negócio de diamantes naturais.

Esta preocupação ficou patente nas conclusões e recomendações da 2ª Edição da Conferência de Mineração de Angola, sob o tema “Recursos Minerais, Desenvolvimento, Sustentabilidade e Desafios”.

De acordo com os participantes, deve-se fazer mais esforço para que os diamantes laboratoriais não possam ocupar a posição dos diamantes naturais.

“Como países produtores de diamantes naturais a maior preocupação deve ser nesta produção”, referem os participantes.

Todavia, recomendaram os produtores de diamantes naturais a continuem centrados nesta produção, para que não haja baixa no sector.

Citado pela CNN Brasil, Edahn Golan, analista independente da indústria de diamantes, referindo-se a dados de 2022 ressalta que o resultado dos diamantes criados em laboratório é “impressionante”.

Diz que dados de Março daquele ano mostraram que o número de anéis de noivado vendidos com diamantes manufaturados aumentou 63% em relação ao ano passado, enquanto o número de anéis de noivado vendidos com diamante natural diminuiu 25% no mesmo período.

A única diferença está no preço, além de que o cultivo em laboratório significa menor impacto sobre o ambiente, referem especialistas da indústria de diamantes.

Entretanto, a India é um dos países na vanguarda dos diamantes criados em laboratório.

As exportações de diamantes lapidados criados em laboratório, na Índia, registaram um grande crescimento este ano, em comparação com as exportações de diamantes lapidados e polidos do país.

Dados do Gem Jewellery Export Promotion Council (GJEPC) revelam que a Índia contribui com cerca de 15% da produção global de diamantes criados em laboratório.

As exportações de diamantes lapidados criados em laboratório da Índia aumentaram cerca de 70% no período de Abril a Julho deste ano, para 622,7 milhões USD, enquanto que os diamantes lapidados e polidos diminuíram cerca de 3%, para 8,2 mil milhões USD, durante o mesmo período.