A dívida pública interna angolana encolheu 42% para 1,89 biliões de kwanzas no primeiro trimestre de 2025 face ao quarto trimestre de2024. Os dados foram avançados pelo Secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, durante a apresentação do relatório de execução orçamental do Orçamento Geral do Estado(OGE) referente ao I Trimestre de 2025.

No plano anual de endividamento, o stock da dívida pública atingiu 57,12 biliões de kwanzas, sendo que a dívida interna representa 27% do total e a externa 73% deste montante. Por outro lado, os pagamentos da dívida externa totalizaram 1,14 biliões de kwanzas no mesmo período, uma diminuição de 19% em relação ao período homólogo.

Segundo o Secretário de Estado, as empresas públicas, nomeadamente a Sonangol e a TAAG, apresentaram um stock de dívida de 1,98biliões de kwanzas, equivalente a 2,17 mil milhões USD, com uma redução de 0,2%face ao quarto trimestre de 2024.

No âmbito da execução orçamental, o Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2025 apresentou uma estimativa de receita e despesa autorizada de 34,63 biliões de kwanzas.

O responsável destacou as reformas desenvolvidas pelo Executivo, com realce para a revisão dos subsídios aos combustíveis, uma acção que tem permitido gerar poupança e a possibilidade de acelerar um conjunto de despesas.

Ottoniel dos Santos realçou ainda que, até ao final do primeiro semestre deste ano, o Governo procedeu ao pagamento de todas as ordens de saque em kwanzas relativas ao ano de 2024.

O Secretário de Estado para as Finanças e Tesouro destacou que o aumento de 25% do salário mínimo dos trabalhadores da função pública representa um esforço adicional de 100 mil milhões de kwanzas para o Estado.

"Esta medida, embora vise melhorar o poder de comprados funcionários públicos, implica um impacto significativo nas contas do governo", sublinhou.

Para o ano em curso, o OGE 2025 está estimado em 34,63 biliões de kwanzas e prevê um crescimento económico de 4,14%. Entre as reformas em destaque encontra-se a revisão dos subsídios aos combustíveis, medida que tem permitido gerar poupanças e acelerar investimentos.

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