Segundo o órgão tutelado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), existem "fortes indícios" de que os dois generais "te¬nham beneficiado dos negócios do Estado angolano com a empresa China International Fund (CIF)".
Neste sentido, o porta-voz da PGR, Álvaro João, confirmou o adiamento do interrogatório, que inicialmente estava agendado para esta terça-feira, não esclarecendo, entretanto as razões.
De acordo com a Angop, que cita o Jornal de Angola, os oficiais superiores das Forças Armadas Angolanas (FAA), terão "beneficiado dos contratos que o Estado celebrou com o CIF, no âmbito do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional".
À época, escreve a Angop, Leopoldino do Nascimento era o antigo chefe das Comunicações do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, e Hélder Vieira Dias Júnior ex-ministro de Estado e chefe da Casa Militar (actual Casa de Segurança), também na governação de José Eduardo dos Santos.
Por conta das circunstâncias, ambos gozam de imunidades e não podem ser presos, preventivamente, antes do despacho de pronúncia, na fase de instrução contraditória.
A Lei angolana diz que os oficiais generais das Forças Armadas Angolanas (FAA) e comissários da Polícia Nacional (PN) não podem ser presos sem culpa formada, excepto se em flagrante delito, por crime doloso, punível com pena de prisão superior a dois anos.
A audição dos dois antigos colaboradores de José Eduardo dos Santos na DNIAP enquadra-se na estratégia de combate à corrupção em Angola, que constituiu a bandeira do mandato do Presidente João Lourenço (2017/2022).
No âmbito desta estratégia, várias figuras mediáticas e antigos servidores do Estado têm sido investigadas pela justiça, sendo que alguns já foram condenados, por práticas de peculato, branqueamento de capitais e outros crimes.

%20-%20BAI%20Site%20Agosto%20%20(1).png)













.jpg)