Depois de atingir cerca de 25% do PIB no auge da sua actividade, o sector industrial angolano representa hoje pouco mais de 6%. Especialistas explicam como o país perdeu competitividade e estrutura produtiva — resultado de erros históricos, guerra, má gestão da transição económica e políticas públicas desarticuladas.
Durante o período colonial, especialmente entre 1961 e 1974, Angola experimentou um dos crescimentos industriais mais expressivos de África, com taxas anuais de crescimento acima dos dois dígitos. Nesse tempo, o país consolidou-se como uma plataforma produtiva integrada à sua base agrícola.
Esse dinamismo resultava, em parte, de políticas implementadas pelo regime colonial português, como a imposição de tarifas aduaneiras que estimulavam a instalação de unidades fabris em território nacional, em detrimento das importações directas do continente europeu.
Em exclusivo à Economia & Mercado (E&M), José Severino, figura histórica do sector industrial, explica que se tratava de um modelo que permitiu uma transferência expressiva de tecnologia — com destaque para equipamentos de origem alemã adquiridos via Portugal — e que deu forma à infra-estrutura fabril em sectores como mobiliário, confecções, papel, tintas e alimentação.
Com a independência, em 1975, a indústria nacional enfrentou, segundo o também presidente da Associação Industrial de Angola (AIA) e ex-director nacional do sector, a primeira grande ruptura. A guerra civil, a fuga de capital humano e empresarial, bem como a transição para um modelo económico de orientação socialista, mergulharam o sector num ciclo de estagnação e colapso.
Leia este texto na íntegra na edição 'Especial Independência' da revista Economia & Mercado, disponível nas bancas.

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