O Presidente da República, João Lourenço, apelou, neste sábado, 17, em Adis Abeba, capital da Etiópia, na Cimeira da União Africana (UA), aos Estados africanos a repudiarem a constituição de Governos a partir de alterações inconstitucionais.
“É importante não sermos tolerantes com os Governos constituídos na base de mudanças inconstitucionais, tal como postula a resolução saída da 16.ª Assembleia Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana de Malabo, pelas consequências dramáticas para as populações, as economias e de um modo geral para a vida normal das sociedades afectadas por este problema”, afirmou o estadista angolano.
Discursando diante dos Chefes de Estado e de Governo da UA, João Lourenço observou que, apesar dos passos positivos que têm sido dados no sentido da pacificação total de África, ainda prevalecem no continente vários conflitos com origem em causas diversas, que “perturbam seriamente” a vida das populações e “afectam e fragilizam” os países em que se desenrolam.
“Gostaria de destacar os acontecimentos que se registam no Sudão do Sul, na Líbia e na Somália, em cujo âmbito se vão desenvolvendo iniciativas de grande realce ao nível das Comunidades Económicas e Mecanismos Regionais, com o fim de se pôr em marcha a conjugação de esforços genuínos, principalmente dos países das regiões em que se desenrolam, para se encontrarem os melhores caminhos para a sua resolução”, assinalou.
O Presidente angolano instou a União Africana a continuar a trabalhar por todos os meios para o “mais rápido” restabelecimento da normalidade democrática no Mali, no Burquina Faso, no Níger, na Guiné e, mais recentemente, no Gabão.
Para João Lourenço, não há golpes de Estado que possam ser considerados “bons, menos maus ou toleráveis”, porquanto todos eles “atentam gravemente” contra os princípios defendidos pela União Africana, a Constituição e a Lei dos Estados membros, facto que constitui "um retrocesso" para África.
Recorde-se que, à margem da 37.ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA, que encerra neste domingo, 18, em Adis Abeba, o estadista angolano cumpriu uma agenda, sob sua iniciativa, em prol da estabilidade no Leste da República Democrática do Congo (RDC).

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