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Economia circular: ACEA propõe estratégia para reduzir impacto da poluição plástica

Sebastião Garricha
12/9/2024
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Foto:
DR

O estudo foi apresentado à margem da 10ª sessão extraordinária da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente (AMCEN), realizada na capital económica da Costa do Marfim, em Abidjan.

A Aliança Africana da Economia Circular (ACEA, na sigla em inglês), da qual o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) é parceiro, propõe a introdução de uma norma africana para o politereftalato de etileno reciclado ou PET reciclado (rPET) em aplicações alimentares para reduzir o impacto da poluição plástica na biodiversidade, nos ecossistemas e na saúde das pessoas. 

De acordo com o estudo da ACEA, uma norma deste tipo impulsionará o crescimento económico do continente, estimulará o comércio intra-africano e reduzirá a dependência dos países em relação às importações, incentivando simultaneamente a inovação.

Apresentado à margem da 10ª sessão extraordinária da Conferência Ministerial Africana sobre o Ambiente (AMCEN, na sigla em inglês), realizada na capital económica da Costa do Marfim, em Abidjan, o estudo da Aliança, intitulado “Reduzir a Poluição Plástica em África: O Imperativo de uma Norma Continental rPET para Embalagens de Contacto com Alimentos”, foi produzido em colaboração com o Circularium Africa Advisory e o programa Switch to Circular Economy, financiado pela União Europeia (UE). 

O rPET, um material alimentar derivado da reciclagem de embalagens PET usadas, oferece uma vantagem ambiental considerável, exigindo metade da energia e emitindo cinco vezes menos CO2 do que a produção de garrafas PET virgens, conforme escreve o BAD nesta terça-feira, 10 de Setembro.

Segundo o estudo que citamos, esta iniciativa reduziria consideravelmente a extracção de novas matérias-primas em África.

“A implementação de uma norma pan-africana rPET exige uma acção coordenada de todas as partes interessadas: os governos devem defender políticas de economia circular e promover a cooperação regional; as indústrias devem investir em materiais reciclados e redesenhar as embalagens tendo em conta a sustentabilidade; os consumidores devem escolher produtos rPET, enquanto as instituições intergovernamentais e as agências doadoras devem oferecer apoio financeiro e técnico”, lê-se.

Segundo Anthony Nyong, director do Departamento de Alterações Climáticas e Crescimento Verde do BAD, a economia circular é uma solução transformadora para o crescimento verde de África, com potencial para criar 11 milhões de empregos e aumentar o Produto Interno Bruto africano em 66 mil milhões de dólares, possibilitando simultaneamente uma redução de 60% das emissões de gases com efeito de estufa até 2030. 

“A Aliança, apoiada pelo Mecanismo Africano de Economia Circular, contribuirá de forma decisiva para a implementação do plano de acção continental para a circularidade”, acrescentou.

Também citada no site oficial do BAD, Josefa Sacko, comissária para a Economia Rural e Agricultura da Comissão da União Africana, diz ser essencial apoiar o continente para que possa aproveitar as vastas oportunidades oferecidas pela circularidade.

“Apelamos a todas as partes interessadas – governos, sector privado e organizações de desenvolvimento – para que unam forças com a Aliança para apoiar o Plano de Acção da União Africana para a Economia Circular”, adicionou.