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Economia gera mais de 1 milhão de empregos, mas 80,8% dos trabalhadores ainda vivem à margem da formalidade

Redacção
20/5/2025
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Foto:
DR

Apesar do crescimento, a formalização do emprego ainda é um grande desafio. Em três meses mais de 964 mil angolanos passaram a actuar como trabalhadores informais.

Dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) sobre o emprego no I trimestre de 2025 apontam que a economia gerou mais de um milhãode postos de trabalho, um crescimento de 8,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

No final de Março, cerca de 10 milhões de angolanos exerciam actividade informal, um número que é 5 vezes superior à população que se encontra no sector formal. De acordo com os dados do INE, apesar da economia gerar mais emprego cerca da 80,8% da força de trabalho sustentam-se através de biscates, vendas ambulantes ou pequenos negócios sem registo.

Segundo os cálculos da revista Economia e Mercado, o número de pessoas com idade igual ou superior a quinze anos com emprego informal cresceu 10% em relação ao período homólogo, demonstrando um grande desafio na formalização do emprego.

Quanto aos desempregados, o número diminuiu entre Fevereiro e Março de 2025 face ao mesmo período em 2024, passando de 5,6 milhões para 5,3milhões. A taxa de desemprego passou para 29,4%, uma queda de 5,4 pontos percentuais (pp) em relação ao período homólogo.

Nas cidades, o desemprego continua a ser maior, tendo passado de 32,4% para 36,4%, em contraste com a zona rural, que baixou para 18,7%, ante os 32,4% do período homólogo.

A nível da SADC

Em comparação com os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Angola tem uma das maiores taxas de informalidade, a frente de Moçambique e Zâmbia que apresentam uma taxa de 75% e70% respectivamente. Dados do Banco Mundial indicam que a África do Sul apresenta menor taxa de informalidade da região equivalente a 30%.