O embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte, apelou ontem, em Luanda, que para atrair para Angola novos investimentos é preciso acarinhar as empresas e empresários portugueses que trabalham e permaneceram no país nas “horas boas e nas horas menos boas”, que constituem o tecido vivo da relação económica daquele país.

O diplomata discursava no VI Encontro Angola-Portugal “Business Networking 2023” promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA), na antecâmara da Feira Internacional de Luanda (FILDA 2023).

Apesar do país estar a atravessar um período de alguma incerteza e de desafios na frente económica, com uma conjuntura difícil em termos de variação cambial e de controlo da inflação, Francisco Alegre Duarte espera que as medidas estabilizadoras que estão a ser aplicadas pelo Governo surtam efeito.

“As nossas empresas estão aqui para ajudar a fazer acontecer a mudança e darão resposta ao repto da diversificação económica”, diz.

Acrescentou que, juntos se vai construir um espaço de prosperidade partilhada e de desenvolvimento humano que todos ambicionam. “Os empresários portugueses e luso-angolanos serão actores de primeira linha na concretização desse desígnio”, afirmou.

Por sua vez, o Secretário de Estado da Economia, Ivan dos Santos em representação do Ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, ressaltou a importância de eventos daquela índole cujo objectivo principal é promover e aproximar ainda mais os empresários dos dois países, através da abordagem sobre os desafios e constrangimentos enfrentados nas relações comerciais bilaterais, e sobretudo proporcionando as condições para o estreitamento e reforço de parcerias.

Notou ainda que, a promoção do empresariado privado está no centro da estratégia de governação do Executivo, sendo um ponto central no estratégia de longo prazo “Angola 2050” em fase de aprovação, e no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, em fase final de elaboração.

Acrescentou que, em 2022, Angola foi mais uma vez o primeiro país africano de destino das exportações portuguesas, o nono nas exportações portuguesas a nível mundial, sendo, porém, o número das importações portuguesas de produtos angolanos ainda abaixo das expectativas, pelo facto de Angola colocar-se no 27º lugar na lista de países de origem das importações portuguesas, o que ilustra que ainda há um grande trabalho a ser feito para se equilibrar a balança comercial entre os dois países.

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