De acordo com um comunicado da instituição, a que a Economia & Mercado teve acesso recentemente, o grupo de promotores de negócios que submeteram projectos ao banco e que aguardam resposta, pediu, em uníssono, à Comissão Executiva do BDA maior celeridade na avaliação, aprovação e desembolso de projectos de negócios.
Segundo o documento, o pedido foi feito durante um encontro de esclarecimento sobre o procedimento de análise e aprovação de créditos onde participaram empresários de vários segmentos, promovido pelo banco de capitais público.
Durante o encontro, sublinha o documento, foram partilhadas também algumas dificuldades e desafios catalogados pela instituição bancária que tem vindo a enfrentar na avaliação dos projectos submetidos para concessão de créditos.
Respondendo as preocupações levantadas pelos empresários, o presidente da Comissão Executiva (PCE) do BDA, Henda Inglês, apresentou alguns constrangimentos que o BDA tem verificado no processo de crédito e que concorrem para a não concessão de financiamentos.
O gestor descreveu, entre outros, a falta de garantias reais para efeitos de hipoteca, a capacidade financeira e de endividamento dos promotores face aos valores que solicitam. Ou seja, os clientes remetem solicitações de financiamento muito acima da sua capacidade financeira. Em muitos casos, pode-se ler no documento do BDA, os empresários “não têm condições de comparticipar nos projectos”.
Além destes constrangimentos que impedem o acesso ao crédito, regista-se também um “desfasamento entre a experiência e o conhecimento dos promotores face à dimensão, natureza e complexidade dos projectos a realizar”. “Muitos promotores não têm historial ou experiência para implementarem iniciativas empresariais complexas”, pode-se ler no comunicado.
Henda Inglês referiu que está a ser implementado um plano de melhoria do crédito que contempla várias medidas, entre as quais “uma melhor segmentação dos clientes de forma a melhor responder as suas expectativas”.
Ao contrário do que acontece actualmente, onde as pessoas independentemente da sua capacidade financeira concorrem ou solicitam financiamentos de valor muito acima da sua capacidade financeira, com a nova medida, as empresas serão classificadas em micro, pequenas e médias empresas e com limites de financiamento ajustados. Outra medida passará pela criação de uma plataforma tecnológica para a melhor gestão do crédito que vai revolucionar o tratamento do crédito permitindo inclusive que a distância os clientes possam submeter os documentos e acompanhar o estágio de evolução das aplicações de crédito.
A administração do BDA pretende uma melhor gestão e economia de tempo e racionalização dos recursos com a aprovação do regulamento de fiscalização de crédito que vai permitir contratar entidades externas para fiscalizarem os projectos financiados pelo Banco. “Ou seja, para além dos quadros internos, profissionais idóneos fora do banco poderão exercer este papel”, pode-se ler no documento distribuído à imprensa.
Melhorar a comunicação, através da criação de um call centers do Banco, bem como com a criação de agências regionais, ou seja, para além de Luanda, outras províncias ou regiões terão representação física do banco, são acções que tornarão o BDA mais célere.
Segundo o comunicado do BDA, durante o ano de 2020, a actividade creditícia efectuou 300 operações de crédito no valor global de 174 mil milhões de kwanzas. Oarticiparam do encontro, além do PCE do banco, Henda Inglês, os administradores Executivos, directores e responsáveis das áreas de negócios e de suporte ao processo de concessão do crédito.

%20-%20BAI%20Site%20Agosto%20%20(1).png)













.jpg)