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Empresários do Malawi buscam vantagens competitivas do Porto de Quelimane em Moçambique

Hermenegildo Langa
4/6/2025
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Foto:
DR

O Porto de Quelimane é visto como uma solução viável, imediata e vantajosa para as necessidades logísticas do vizinho Malawi.

Uma delegação empresarial malawiana, vai escalar ainda este mês, a província da Zambézia, no Centro de Moçambique, com vista a explorar de perto as vantagens competitivas que o Porto de Quelimane oferece no manuseamento de carga.

A visita do empresariado malawiano ao porto de Quelimane surge em resposta ao convite formulado pelo governador da Zambézia, Pio Matos, durante a 35.ª Feira Internacional de Negócios do Malawi, que decorreu no mês passado na cidade de Blantyre.

Na ocasião, Pio Matos, destacou o Porto de Quelimane como uma solução viável, imediata e vantajosa para as necessidades logísticas do vizinho Malawi, país com carência histórica de acesso ao mar. A proposta não é nova, mas ganha novo fôlego num momento em que o Malawi procura rotas alternativas para dinamizar o seu comércio externo, perante constrangimentos logísticos nos corredores tradicionais.

A delegada da Agência de Promoção de Investimentos e Exportações da Zambézia, Maira Varela, espera que a visita do empresariado malawiano ao Porto de Quelimane, possa dinamizar com sucesso o funcionamento daquela infra-estrutura portuária moçambicana.

O porto de Quelimane, com a capacidade de até 20 mil toneladas brutas de arqueação, recebe navios porta contentores, de carga geral, tanques e barcaças, com um calado máximo de 5,50 metros.

O Malawi é um dos maiores usuários dos portos moçambicanos, sobretudo da Beira e Nacala, na importação e exportação de vários bens, com destaque para combustíveis, fertilizantes, tabaco e chá. 

Moçambique e Malawi possuem relações históricas e bilaterais. No ano passado, os dois Governos assinaram, na capital malawiana, Lilongwe, um acordo de simplificação dos procedimentos de comércio transfronteiriço, com o objectivo de melhorar a fluidez das trocas comerciais entre ambos os países. O memorando representou um marco importante nas relações económicas e diplomáticas entre os dois territórios vizinhos e parceiros estratégicos na região da África Austral.

Com a implementação do acordo, os dois países africanos passaram a exportar e importar até 47 produtos agrícolas e manufacturados, sem a imposição de direitos alfandegários, para valores que não ultrapassem mil dólares.

O acordo inseriu-se no âmbito das recomendações da 32.ª reunião do Conselho de Ministros do Comércio da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que instou os Estados-membros a empenharem-se em negociações para a implementação de um regime de comércio simplificado na região.