Angola celebra 50 anos de independência política com o sector petrolífero a assegurar a sustentabilidade das relações geopolíticas e o crescimento económico. A exploração de petróleo em Angola iniciou-se em 1910, durante o período colonial português. O marco da actividade offshore ocorreu em 1966, com a descoberta de petróleo pela Cabinda Gulf Oil Company (CABGOC) no Campo de Malongo, em Cabinda. A produção nesse campo começou em 1968. A área, parte do Bloco 0, responde actualmente por mais de metade da produção nacional.
Na década de 1970, o petróleo ganhou maior relevância para a economia angolana, tornando-se um produto de exportação crucial durante a crise mundial do sector. Em 1974, a produção atingiu 172 mil barris por dia, proveniente das bacias de Cabinda (offshore), Kwanza e Congo (onshore). O governo colonial português reagiu ao potencial, revisando a política de pesquisa e garantindo maior participação através da empresa Angol, subsidiária da SACOR, constituída em 1953.
Após a independência, em 1975, o Estado angolano assumiu o controlo sobre a exploração dos recursos petrolíferos. A Sonangol, Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, foi criada em 1976 a partir da nacionalização da Angol. Em 1978, foi instituído o Ministério dos Petróleos para coordenar e controlar o setor. Até 1993, a Sonangol não estava habilitada para a exploração directa. Para suprir a lacuna, criou em 1992 a subsidiária Pesquisa & Produção (P&P). Com o crescimento da P&P, a Sonangol formou outras empresas, como a Sonangol SGPS, para perfuração, e a Sonasing, para prospecção. Como concessionária exclusiva, a Sonangol focou-se em conceder direitos a empresas estrangeiras com capacidade tecnológica e financeira. Em 1987, 13 companhias actuavam no país. Um ponto de virada ocorreu com as descobertas em águas profundas, sobretudo no Bloco 17 e nos Blocos 14, 15 e 16. A descoberta do campo de Girassol, em 1996, foi decisiva. Entre 2002 e 2008, Angola viveu um boom de produção, com crescimento médio de 15% ao ano, atingindo cerca de 2 milhões de barris por dia no primeiro semestre de 2008.
Leia este texto na íntegra na edição 'Especial Independência' da revista Economia & Mercado, disponível nas bancas.

%20-%20BAI%20Site%20Agosto%20%20(1).png)













.jpg)