A economia azul valia (quase) 50% da estrutura económica de Angola de 2008 a 2014, passado este período baixou para 25%, afirmou Hamilton Fernando, partner da Happi&Co, aquando da participação da “V CONFERÊNCIA E&M ECONOMIA AZUL”, realizada, no dia 05.09, em Luanda.
Desta forma, segundo Hamilton Fernando, um dos integrantes da mesa redonda, que abordou o “Financiamento e Valorização do Cluster do Mar”, a economia azul angolana tem um valor de mercado de 25 mil milhões USD.
Quanto ao sector pesqueiro, continuou o também economista, antes da actualização das contas nacionais tinha um peso na estrutura económica de Angola de 6%. Após a realização do respectivo procedimento, baixou para 2,3%; uma redução de 3,7 pontos percentuais (PP).
Ainda assim, declarou Hamilton Fernando, o sector das pescas é dos segmentos da economia azul no País que mais cresceu nos últimos tempos, “apenas” superado pelo segmento dos transportes (marítimos).
O economista chamou atenção para a necessidade de haver maior organização por parte dos agentes económicos (ligados ao sector pesqueiro), pois é uma das fragilidades quando se recorre ao crédito bancário. “Sem informação é difícil realizar um estudo de viabilidade”.
Outro segmento referenciado foi o salineiro. Para o partner da Happi&Co, o principal desafio do subsector é a exportação, handicap que, segundo o mesmo, será ultrapassada quando a actividade for regulamentada.
A situação actual do sector pesqueiro em Angola também foi apreciada pelo director-geral da SFT Angola, António Gama, (outro integrante da mesa redonda), tendo considerado a pesca artesanal financiada a causa principal da degradação dos recursos marinhos, principalmente o pescado.
O formato da pesca artesanal familiar, avançou, está a diminuir, sendo que os operadores daquele segmento pesqueiro estão a utilizar arte considerada danosa. “Actualmente é muito fácil obter uma licença de pesca artesanal”.
Durante a mesa redonda, o coordenador da Comissão de Reestruturação do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento da Indústria Pesqueira e da Aquicultura (FADEPA), Lello Francisco, disse ser necessário fazer um reajustamento, inclusive jurídico-legal, ao actual ‘modelo’ da instituição.
“hoje a arquitectura legal dos fundos públicos é diferente daquilo que é ainda o FADA. É preciso olhar pelos aspectos de governança, organização e o modelo operacional, de maneira que funcione com base nas melhores práticas”, à semelhança dos fundos públicos e dos mercados externos.
O foco da reestruturação, declarou Lello Francisco, é transformar o respectivo fundo num instrumento estratégico para a economia azul.

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