A Justiça moçambicana anunciou, esta semana, que foram constituídos arguidos 40 cidadãos nacionais e estrangeiros, por suposto envolvimento num esquema milionário, que permitiu a saída ilegal do país de cerca de mais de 313 milhões de dólares.
Os visados, incluindo representantes de 15 empresas, estão indiciados, entre outros crimes, na prática de branqueamento de capitais e falsificação de documentos, noticia a imprensa local.
O Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional moçambicano alega que estes cidadãos criavam empresas de fachada, que as usavam como um meio para exportar dinheiro de proveniência ilícita.
O Ministério Público do país do Índico desencadeou buscas nas residências e estabelecimentos comerciais dos implicados, localizados em Nampula, Nacala, Matola e Cidade de Maputo, no âmbito da operação denominada ‘Stop Branqueamento de Capitais’.
A acção resultou na detenção de cinco pessoas, acusadas de terem colaborado com despachantes aduaneiros e funcionários de bancos para a falsificação de documentos bancários e de processos de desembaraço aduaneiro.
Esses documentos, relata a mídia moçambicana, serviam para tirar dinheiro do país com a desculpa de que era para importar mercadorias de diversos países, principalmente dos considerados paraísos fiscais.
A título de exemplo, o Ministério Público especifica que, entre 2019 e 2023, os arguidos exportaram ilegalmente mais de 20 mil milhões de meticais (acima de 313 milhões USD).
A Justiça moçambicana avança que foi accionada a Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional, com cerca de 12 países, tidos como os receptores dos fundos, com vista à assistência mútua legal e respectiva recuperação de activos.
O processo foi submetido ao juiz de Instrução Criminal para o primeiro interrogatório dos detidos, sendo que diligências prosseguem para a captura de mais envolvidos.

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