Não obstante a implementação de algumas políticas para conter as alterações climáticas, estas acções revelam-se “atrasadas em relação àquilo que é necessário” fazer para evitar uma possível extinção da espécie humana, advertiu Vlarimir Russo, para quem a humanidade caminha para um “auto-suicídio”.
“Estamos a contribuir para a nossa própria extinção, (...) estamos – e acho que é a expressão correcta – num auto-suicídio, um suicídio colectivo”, alertou o ambientalista, quando intervinha como painelista da V Conferência sobre Ambiente e Desenvolvimento, organizada pela revista Economia & Mercado.
O director Executivo da Fundação Kissama reiterou, na mesa-redonda sobre ‘Carbono, Financiamento Verde e Justiça Climática: Desafios da Transição Energética em África’, que os homens estão a tentar a neutralidade carbónica, mas lamentou que as emissões continuem, permitindo um “passivo muito grande” que não se está a conseguir recuperar.
“Vai-se procurando alternativas. Está-se a falar muito agora das turfeiras como zonas importantes de absorção de carbono; portanto, os oceanos como zonas importantes de produção de oxigénio e absorção de carbono. Mas temos dados a dizer que, em 2050, vamos ter mais plástico do que organismos vivos nos oceanos”, lembrou.
Vladimir Russo defendeu um ensino acessível, simples e prático sobre temas ligados à defesa do meio ambiente, como uso de conceitos mais básicos para instruir crianças a “plantar ou semear esta pequena semente daqueles gestos mais simples que, depois, na sua totalidade, acabam por afectar o carbono”.
“A questão das torneiras que estão a pingar, a questão de desligar a energia, porque se tivermos menos consumo de energia, teremos menos necessidade de produzir a energia… Porquê falar de carbono? Quem é que sabe o que é uma tonelada de carbono? Mas sabemos o que significa um litro de água ou, agora, um kilowatt de energia”, sugeriu

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