IFC Markets Live Quotes
Powered by
3
1
PATROCINADO

EUA cancelam financiamento de 350 milhões USD para construção de estradas no Malawi

Hermenegildo Langa
30/4/2025
1
2
Foto:
DR

O corte acontece numa altura em que o Malawi corre riscos de perder outros 175 milhões de dólares do Programa de Facilidade de Crédito Alargado do FMI.

O Governo dos Estados Unidos da América (EUA), cancelou o pacto financeiro de 350 milhões de dólares com o Malawi, destinados à construção de estradas e terra segura, inserido no projecto da Millennium Challenge Corporation (MCC).

O corte de financiamento é justificado pelas mudanças abruptas na política dos Estados Unidos da América.

Para o Governo, o cancelamento vai comprometer de certa forma o cumprimento do programa quinquenal, pois as obras que já estavam em curso no âmbito deste projecto, foram interrompidas.

“Este cancelamento será um grande revés para o Governo do Malawi, pois os projectos que estavam em andamento, não estão inclusos no recém-aprovado Orçamento Nacional do Estado de 2025-26”, explicou o ministro dos Transportes, Jacob Hara.

Contudo, o oficial de relações públicas na embaixada norte-americana no Malawi, Grant Phillipp, atribuiu a medida a uma directiva federal. Phillip explicou que “sob a orientação do Departamento de Eficiência Governamental, foi feita uma recomendação para que a Millennium Challenge Corporation encerrasse todos os programas, incluindo o Pacto de Transporte e Terras do Malawi”.

O projecto norte-americano, celebrado no âmbito do pacto quinquenal do Malawi, activo desde 6 de Maio de 2024, visava consertar 287 quilómetros de estradas com vista a reduzir os custos de transporte para os agricultores, modernizar os sistemas de receita da cidade e atrair investimentos agrícolas.

Entretanto, o corte de financiamento norte-americano acontece numa altura em que o Malawi corre riscos de perder outros 175 milhões de dólares do Programa de Facilidade de Crédito Alargado do Fundo Monetário Internacional (FMI) com duração de quatro anos. Desde Maio do ano passado que a primeira revisão ainda não foi concluída, estando o Maláui com apenas seis meses para salvar o programa.

O país continua com uma disciplina fiscal ilusória, dada as elevadas pressões de gastos e perante a ausência de esforços para a arrecadação de receitas e a reconstrução das reservas internacionais.