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Evacuação de doentes com junta médica cai 53% em 2021

Cláudio Gomes
31/3/2022
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Foto:
DR

A necessidade de evacuação de doentes com junta médica para o exterior do país saiu de 92 para 39%, revelou, esta semana, o ministro da Economia e Planeamento em declarações à imprensa.

Mário Caetano fez saber, à margem da 3ª Reunião Ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, que a queda resulta da entrada em funcionamento de 51 unidades hospitalares de referência durante o ano passado.

Por exemplo, o “Complexo Hospitalar Cardiovascular Dom Alexandre do Nascimento”, ex-Hospital Sanatório de Luanda, unidade que conta com três pisos cada, mais de 300 camas, das quais 212 em quartos de isolamento e 88 nas enfermarias, resulta de um investimento de 214 milhões de dólares.

Segundo Mário Caetano, que falava à margem da 3ª Reunião Ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, os dados mostram como a política social está, não só a poupar recursos do Estado, mas também a evitar que as “famílias não tenham de abandonar os seus hábitos e culturas para se tratar lá fora do país”.

Relativamente ao Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2018-2021, o governante informou, citado pela Televisão Pública de Angola (TPA), que foi executado na ordem dos 65,75%, o que terá motivado a reestruturação de alguns programas, em particular, os do sector produtivo.

“Podíamos ter feito mais”, admitiu o ministro, aventando uma melhor performance na execução do PND 2018-2021, tendo em conta que “muitas iniciativas” ainda estão em execução, sobretudo no sector produtivo.

EM relação ao sector produtivo, Mário Caetano informou que programas como o Programa de Apoio ao Crédito (PAC) e outros vão merecer um novo impulso com base numa restruturação tanto no aumento do capital como na diminuição de processos burocráticos, uma vez que “os resultados alcançados até agora não são animadores”, como fez saber a TPA.

“Dado aos desafios operacionais foram aprovados, até agora, apenas 24 projectos, dos quais somente seis foram desembolsados”, revelou, realçando que o Executivo está focado também na desburocratização do instrumento. “Ao invés de termos uma engenharia financeira que envolva três instituições que devem dar o parecer para aprovação de projectos e posteriormente o desembolso, estamos a trazer uma única instituição.

De acordo com o governante, os recursos já estão identificados. Numa primeira fase, referiu Mário Caetano, serão 41 mil milhões de kwanzas para o PAC. “Há razão de aproximadamente, em média, 41 milhões de kwanza por projectos. Claro que em alguns casos haveá menor absolvição de créditos dos promotores, e em outros casos, haverá maior absorção de créditos, sendo que o valor máximo seriam 100 milhões de kwanzas por projecto”, explicou o ministro da Economia e Planeamento, salientando que com a reestruturação, “há certeza que se conseguirá mais agilidade, sobretudo na operacionalização do programa”.