O Governo angolano vai priorizar empréstimos com prazos de reembolso mais alargados e período de carência de, pelo menos, cinco anos, para reduzir, até 2026, o peso do serviço da dívida para um máximo de 45%.
A Estratégia de Endividamento de Médio Prazo 2024-2026, a que agência Lusa teve acesso, refere que, nesse período, o programa vai dar primazia, em termos de dívida externa, à captação de financiamento semi-concessional (empréstimos no âmbito da ajuda ao desenvolvimento com prazos maiores e juros mais baixos) com o objectivo de "melhorar o custo e a maturidade da dívida".
Entre Janeiro de 2022 e Junho de 2023, os novos desembolsos concessionais representaram 25% dos desembolsos totais e foram efectuados exclusivamente com o Banco Mundial, indicam os dados do executivo.
A estratégia passa também pelo "não engajamento em financiamento com base em colateralização em 'commodities'", ou seja, não contrair dívida em troca de petróleo, e limitar a concentração do serviço da dívida no curto e médio prazos (até dois anos).
"Neste domínio, devem ser implementadas ações para garantir a redução da concentração de serviço de dívida, nos próximos exercícios económicos, de modo que não tenha um peso na despesa total superior a 45%", face aos atuais 63%, segundo o documento.

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